Alquimistas
“O médium natural (…) traz de vidas passadas um
manancial significativo de experiências, que lhe
faculta desestruturar a realidade conhecida e
reestruturá-la de formas diferentes e
expressivas.”
(Hammed)
Autores nos informam que todos somos médiuns
porque somos inspirados: recebemos farta
“fermentação externa”.
Outros afirmam que é por possuirmos um corpo
fluídico: um perispírito que recebe a
influência, transmite à nossa alma e esta
comanda nossos feitos físicos.
Uns e outros têm razão, pois a inspiração (de
encarnados e desencarnados) se dá, sempre,
perispírito a perispírito.
Como nosso perispírito é semelhante a um
tacógrafo de utilitário ou caixa preta de
aeronave, traz registrado, de vidas
passadas, um manancial significativo de
experiências.
Mergulhados em nosso íntimo, tais quais alquimistas,
e lançando mãos desse manancial, nos
possibilitamos dar expressão a formas,
conceitos e circunstâncias inexpressivos.
Se inspirados todos somos, o grande diferencial
do indivíduo inspirado à criatividade é não
copiar ninguém: ele reestrutura,
inusitadamente, velhos temas, antiquadas formas
de realizar.
Quando se interioriza (despe-se ao máximo do
material), e, segundo Cícero, recebe “um toque
de inspiração divina”, seu manancial atual
e pregresso aflora:
Uma atmosfera de independência e satisfação é
sua força motriz. A
criatividade emerge, a alquimia se faz,
transformando ditos e feitos comuns em coisas
incomuns.
Não temos dúvidas, e nosso codificador já
afirmara que pintores, músicos, literatos, artistas,
em geral, são médiuns incomuns e inspirados.
Realizam a grande alquimia das sociedades: de
retrógradas em desenvolvidas; de desorganizadas
em organizadas; de exauridas em produtivas…
* * *
“… Nesses momentos, que se chamam, justamente,
de inspiração, as ideias se derramam, se seguem,
se encadeiam, por assim dizer, por elas mesmas.” (O
Livro dos Médiuns, Cap. XV, item 182.)
(Sintonia: Neto, Francisco do E. Santo, A
imensidão dos sentidos; ditado por Hammed;
Cap. Criatividade; 8ª edição da Boa
Nova.)
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