O Espírito e a seleção dos
genes
Sabemos que os genes herdados pelo Espírito
reencarnante e que vão ser responsáveis pela
construção de seu novo corpo são “selecionados”
pelo Espírito, quando da ligação mental aos
gametas, o espermatozoide paterno e óvulo
materno. Tal atração magnética se dá em virtude
da condição intelecto moral da individualidade
em vias de se ligar à matéria e de suas
necessidades evolutivas. Em condições especiais,
esses gametas são escolhidos e magnetizados por
técnicos da espiritualidade, mas são respeitados
os mesmos princípios de merecimento e
necessidade.
A identificação do Espírito com determinado
contexto reencarnatório não se dá de forma
aleatória. A presença numa ou noutra família
corporal e em uma cultura específica obedecem a
princípios de afinidade espiritual, onde
individualidades afins se reencontram para viver
experiências em comum.
De forma equivalente, os genes que vão construir
e fazer funcionar o novo corpo não são resultado
do acaso, mas “selecionados” pelo reencarnante
quando de sua imersão na matéria física.
A seleção do genoma que mais se identifica com
as necessidades do Espírito reencarnante é
condição essencial ao desiderato de sua
existência corporal.
O processo da fecundação, onde o espermatozoide
que “vence a corrida” penetra na intimidade do
óvulo, formando a célula ovo, é “gerenciado”,
geralmente de forma inconsciente, pelo Espírito
que retorna à Terra.
A lei de causa e efeito vincula o reencarnante
ao aparelho genésico de uma mulher que se
relaciona com ele por elos de afinidade
espiritual.
A ligação inicial da entidade reencarnante será
ao óvulo materno. Os ovários da mulher possuem
cerca de 400 mil óvulos quando da primeira
menstruação. Mensalmente, um óvulo (os ovários
se alternam ciclicamente), por influência de
hormônios liberados pela glândula hipófise,
sofre o processo de amadurecimento e é liberado
pelo ovário, sendo recolhido pela tuba uterina.
Os cientistas admitem, até então, que a ovulação
seja um processo aleatório, ou seja, não são
conhecidos os fatores que determinam qual óvulo,
em detrimento de outros, sofrerá processo de
amadurecimento e liberação.
Esse processo, todavia, não é aleatório. O
psiquismo reencarnante, via seu campo magnético,
sintoniza-se com o gameta feminino cujo conjunto
de genes se identifica com as suas
características pessoais, ou seja, sua
identidade espiritual, onde se refletem, de
forma automática, suas necessidades evolutivas.
As energias da entidade reencarnante projetadas
no óvulo “selecionado”, vão magnetizar essa
célula, disparando o mecanismo fisiológico
conhecido pela biologia reprodutiva como
ovulação.
Processo idêntico ocorre quando da “seleção” do
gameta masculino. No ejaculado humano, milhões
de espermatozoides disputam o privilégio de
unir-se ao gameta feminino ao término da
disputada corrida, através do aparelho genital
feminino. Qual espermatozoide vencerá a corrida?
O mais apto, afirmam os pesquisadores! Na
verdade, vencerá a corrida o espermatozoide que
carrega em seus vinte e três cromossomos os
genes que sintonizam com o psiquismo
reencarnante.
Ao fim da corrida, que se dá, via de regra, no
terço posterior da tuba uterina, espermatozoide
(carregando 23 cromossomos) e óvulo (igualmente
com seus 23 cromossomos) fundem seus núcleos,
dando origem à célula ovo, com os 46 cromossomos
da espécie humana. Nesse instante, o Espírito
reencarnante concentra suas energias na célula
que acaba de se formar, ligando-se, então, de
forma mais ostensiva, à dimensão material.
O reconhecimento desse processo, todavia, pode
dar-nos a ideia equivocada de que todos
os genes são assim selecionados, segundo os
critérios de atração e afinidade. Isso não se
verifica e é importante compreendermos por quê.
Embora o Espírito participe da seleção dos
gametas (espermatozoide e óvulo) responsáveis
pela formação de seu corpo físico, desse fato
não se pode concluir que o reencarnante
“seleciona” de forma indiscriminada todos
os genes que “deseja”, “merece” ou “precisa”.
Existem leis biológicas que serão
obrigatoriamente respeitadas. Uma dessas leis
deixa evidente que certos genes estão tão
próximos em região específica do cromossomo que
serão selecionados em conjunto, como um
verdadeiro pacote. Quando da formação dos
gametas (espermatozoide e óvulo), esses genes
permanecem sempre muito juntos e não podem ser
separados. Isso se chama linkage, ou
seja, genes unidos. Assim, ao “selecionar”
determinados genes necessários à sua nova
experiência encarnatória, o Espírito pode
“carregar” outros genes, que não foram
necessariamente “escolhidos”, mas que vêm no
pacote.
Vejamos um exemplo hipotético: determinado
Espírito deseja (ou precisa) viver experiências
na esfera da música, na condição de pianista. Ao
sintonizar-se com o gameta paterno e materno, o
fará com aqueles que contêm genes vinculados à
fisiologia musical do cérebro. Assim, a
construção e o funcionamento de um cérebro com
circuitos mais adequados ao exercício da música
lhe estarão assegurados. Se, por hipótese, junto
a esses genes se encontram genes relacionados,
por exemplo, à calvície, eles virão juntos. Ele
deverá se constituir em um pianista calvo.
Os genes da calvície, nesse nosso exemplo, não
foram selecionados pelo reencarnante, mas
vieram, por linkage, no pacote.
Um outro exemplo: certa entidade precisa ou
deseja desenvolver experiências profissionais em
dada atividade esportiva, necessitando de um
aparelho osteomuscular adequado. Assim, ele vai
selecionar os genes ancestrais que permitirão
construir um corpo com as características
físicas que necessite. Se, por hipótese, esses
genes estiverem ligados (em linkage) no
mesmo cromossomo a genes relacionados, por
exemplo, à obesidade e à gagueira, esse
hipotético atleta deverá lutar em toda a sua
existência contra as dificuldades relacionadas
às duas condições citadas.
Acredito que a compreensão do fenômeno do
linkage possa nos ajudar a entender certas
condições verificadas com a personalidade
reencarnada, que, sem esse entendimento,
poderiam parecer estranhas ou injustificadas.
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