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por Maria Angela Miranda

 

Esperança – a chave que abre novos horizontes


"Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem-intencionados e aspirando a realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança e de fé nos altos destinos de nossa nação varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através da esperança conseguiremos de novo arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado." Diante da Crise – texto de Eurípedes Barsanulfo, psicografado por Suely Caldas Schubert.

Romper com a inércia que nos envolve há muito tempo não é simples, não chegamos à situação em que o país se encontra de uma hora para outra, fomos construindo-a aos poucos, ignorando uma corrupção aqui, um tanto de demagogia ali, um punhado de safadeza e impunidade acolá, e nos consideramos exímios cidadãos, cumpridores de nossos deveres e obrigações. Por muito tempo confundimos alienação, negligência e indiferença com prudência, escrúpulo e respeito. 

Estamos em um momento crucial de nossa história como nação, temos a oportunidade de romper com o passado, de aproveitarmos o aprendizado produzido por nossa alienação, por nossa negligência, por nossa indiferença. Estamos preparados para melhores escolhas, aprendemos a identificar os lobos vestidos de cordeiros, sabemos aonde queremos chegar.

Estamos no momento da virada, acreditemos em nós, em nossa família, nosso trabalho, nossos professores, nossos médicos, nossos policiais, nossa imprensa, nossos políticos, nossa religião. Acreditar não significa concordar com tudo, acatar tudo sem questionar, ficar calado não significa ter respeito, ficar parado esperando que o céu resolva nossa vida não significa ter fé. Ter otimismo e esperança não significa possuir o complexo de Poliana, significa que estamos dispostos a romper com o desalento, o desânimo e que para isto estamos dispostos a mudar, a acreditar.

Acreditar é estar convencido da veracidade, é ter certeza de que é possível, que depende de nossa participação a transformação. Vamos realizar nossas tarefas com mais amor, com maior comprometimento, não vamos mais olhar e fingir não ver, não vamos deixar para daqui a alguns segundos o que podemos fazer agora, vamos nos permitir ficar sensibilizados com a dor, com o desespero, mas não vamos deixar de consolar, de acolher, de nos acalmar e tentar reequilibrar o nosso desespero. Ao escolhermos nossos representantes analisemos sua conduta anterior, quem são seus aliados, não vamos acreditar em promessas falsas, nada na vida dá saltos, toda ação tem uma reação, ações positivas, comprometidas, conscientes gerarão reações positivas, comprometidas. Se cometermos enganos não vamos desanimar, vamos tentar novamente, tentar quantas vezes forem necessárias, sempre agradecendo a Deus a oportunidade ofertada e solicitando suas bênçãos no fortalecimento de nossas boas intenções. Oremos diariamente por nossos dirigentes, nossos políticos, nossa nação.

E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita