Esperança – a chave que abre novos horizontes
"Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o
otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de
descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo
aqueles que estão bem-intencionados e aspirando a
realizar algo de construtivo e útil para o país, em
qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos,
sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras
quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima
espiritual. É imperioso que o sopro renovador de
confiança e de fé nos altos destinos de nossa nação
varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo.
É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a
luz da esperança. Somente através da esperança
conseguiremos de novo arregimentar as forças de nosso
povo sofrido e cansado." Diante da Crise – texto de
Eurípedes Barsanulfo, psicografado por Suely Caldas
Schubert.
Romper com a inércia que nos envolve há muito tempo não
é simples, não chegamos à situação em que o país se
encontra de uma hora para outra, fomos construindo-a aos
poucos, ignorando uma corrupção aqui, um tanto de
demagogia ali, um punhado de safadeza e impunidade
acolá, e nos consideramos exímios cidadãos, cumpridores
de nossos deveres e obrigações. Por muito tempo
confundimos alienação, negligência e indiferença com
prudência, escrúpulo e respeito.
Estamos em um momento crucial de nossa história como
nação, temos a oportunidade de romper com o passado, de
aproveitarmos o aprendizado produzido por nossa
alienação, por nossa negligência, por nossa indiferença.
Estamos preparados para melhores escolhas, aprendemos a
identificar os lobos vestidos de cordeiros, sabemos
aonde queremos chegar.
Estamos no momento da virada, acreditemos em nós, em
nossa família, nosso trabalho, nossos professores,
nossos médicos, nossos policiais, nossa imprensa, nossos
políticos, nossa religião. Acreditar não significa
concordar com tudo, acatar tudo sem questionar, ficar
calado não significa ter respeito, ficar parado
esperando que o céu resolva nossa vida não significa ter
fé. Ter otimismo e esperança não significa possuir o
complexo de Poliana, significa que estamos dispostos a
romper com o desalento, o desânimo e que para isto
estamos dispostos a mudar, a acreditar.
Acreditar é estar convencido da veracidade, é ter
certeza de que é possível, que depende de nossa
participação a transformação. Vamos realizar nossas
tarefas com mais amor, com maior comprometimento, não
vamos mais olhar e fingir não ver, não vamos deixar para
daqui a alguns segundos o que podemos fazer agora, vamos
nos permitir ficar sensibilizados com a dor, com o
desespero, mas não vamos deixar de consolar, de acolher,
de nos acalmar e tentar reequilibrar o nosso desespero.
Ao escolhermos nossos representantes analisemos sua
conduta anterior, quem são seus aliados, não vamos
acreditar em promessas falsas, nada na vida dá saltos,
toda ação tem uma reação, ações positivas,
comprometidas, conscientes gerarão reações positivas,
comprometidas. Se cometermos enganos não vamos
desanimar, vamos tentar novamente, tentar quantas vezes
forem necessárias, sempre agradecendo a Deus a
oportunidade ofertada e solicitando suas bênçãos no
fortalecimento de nossas boas intenções. Oremos
diariamente por nossos dirigentes, nossos políticos,
nossa nação.
E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do
mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este
Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de
nós.