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por Édo Mariani

 

A reencarnação é uma lei de amor


Quando Jesus afirmou a Nicodemos ser preciso nascer de novo, Ele nada mais fez do que confirmar uma lei divina, e também mostrar aos homens que Deus, sendo Pai de Amor e Justiça, não poderia condenar seus filhos pelas faltas cometidas sem lhes dar oportunidade de reparação, uma vez que todos fomos criados simples e imperfeitos.

Concedeu-nos o livre-arbítrio e através da liberdade somos livres para escolher o que melhor desejamos para a nossa felicidade. Ora, quem tem liberdade de escolha, tanto pode acertar, como errar. Não há, por essa razão, qualquer punição, por parte de Deus, pelas nossas escolhas, pois afinal Ele nos concedeu o livre-arbítrio. Segundo a ótica espírita, as escolhas não acarretam punição, mas aquisição de experiências e conhecimentos. É excelente oportunidade para consertar no presente erros cometidos no passado, nada mais do que isso.

A equipe de redação do Momento Espírita, com base em palestra proferida por José Raul Teixeira, na cidade de Cascavel-PR, no dia 14/09/01, elaborou o texto que transcrevemos, uma vez que demonstra de forma lógica a justiça da Reencarnação:

“As leis divinas são perfeitas em seus objetivos de nos fazer gravitar para Deus.

Cada existência no corpo físico é oportunidade bendita de aprendizado e crescimento.        Na escola, chamada Terra, estagiamos em todos os continentes, dentro do seio das várias raças, experimentando os mais variados costumes sociais.

Quando nascemos em um lar brasileiro, aprendemos as lições de vida que o Brasil nos propicia. Temos a liberdade religiosa, liberdade de expressão, liberdade no vestir, na escolha da profissão.

Aprendemos a ser solidários, a ser um povo gentil, alegre, vivendo num país banhado pelo oceano e ensolarado quase o ano inteiro.

Numa outra encarnação, as leis divinas nos conduzem a outro país, para que aprendamos novas lições. E aí nascemos em algum país da Europa onde o sol se esconde boa parte do ano. Teremos que conviver com o frio intenso e com os dias cinzentos por vários meses. Aprendemos a cultivar outros valores, outras maneiras de viver, outro jeito de ser. E as leis nos direcionam a um país árabe. Aprenderemos a conviver com uma cultura bem diferente; com a pouca liberdade da mulher, com a rigidez na educação dos filhos; com as várias restrições dos costumes característicos.

Depois iremos estagiar no Japão, na Índia, na África, e aprenderemos a amar outras tantas pátrias, outras tantas raças, outros tantos irmãos em humanidade. Desenvolveremos nossa capacidade de amar num lar norte-americano, num lar soviético, numa família iraquiana, num lar australiano... Passaremos por momentos de dor e alegria e abriremos em nossos corações um espaço para o amor que abrange todos os povos...

É por essa razão que muitos alemães sentem grande afeto pelo Brasil, pelo povo brasileiro. É por essa razão que muitos árabes e japoneses nutrem amor por nossa pátria. Não é por outro motivo que muitos brasileiros guardam especial carinho pelo povo africano, alemão, soviético, e por outros tantos povos.

É assim que vamos estendendo nossos laços de afeto pela humanidade inteira. É assim que, quando alguma tragédia acontece num desses países em que já vivemos, nós sentimos como se fosse com o nosso próprio país.

Quando vemos as guerras cruéis infelicitando os povos distantes, nossos corações se entristecem como se fosse com nosso próprio povo.

Dessa forma, estagiando ora aqui, ora li, vamos aprendendo todas as lições e retendo o que há de melhor para nossa evolução, como Espíritos imortais que somos.

Chegará o dia em que nosso amor abrangerá a humanidade inteira, independente de raça, de posição social ou de religião.

E nesse dia não haverá mais guerras, nem disputas, e a verdadeira fraternidade será uma realidade entre todos os povos.

Não haverá mais a subjugação do mais fraco pelo mais forte, e todas as nações serão solidárias. É assim que Deus governa os mundos. E a reencarnação é a prova do amor divino pelos Seus filhos, conduzidos ao palco da Terra tantas vezes quantas sejam necessárias. É assim que, estagiando no seio de todos os povos, aprenderemos a amar, sem distinção, a raça humana.

Nessa imensa escola chamada Terra, há alunos em diferentes estágios de aprendizado. Alguns já aprenderam as lições básicas do respeito à vida e ao semelhante. Outros ainda estão por aprender o bê-á-bá da fraternidade.

Mas muitos já estão ensinando, através do próprio exemplo, o amor incondicional que um dia será a tônica desta pequena escola clamada Terra.” 

Bela e instrutiva página para refletirmos! 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita