Homem-psi!
Até alguns anos atrás, tínhamos uma concepção de um
Homem espiritual e a sua contraposição no conceito de um
homem-animal. Havia uma antropologia espiritualista e,
do lado oposto, uma antropologia materialista.
O avanço das pesquisas científicas, no campo do
conhecimento do Ser, levou a uma solução do dilema
espiritualismo x materialismo. O homem psicológico de
antes não pode mais hoje se restringir à rede animal dos
sentidos convencionais. Teve, obrigatoriamente, que se
abrir ao extrassensorial, da mesma forma como o universo
físico se ampliou no universo Energético.
O homem-psi é uma miniatura da nova concepção de
universo. Além de tudo, a própria concepção de energia
mudou, ampliou-se. O homem-psi atual não destrói o
homem-psicológico, mas o amplia da mesma forma que o
conceito universo físico foi superado pelo conceito de
universo Energético.
A psiquê ou alma não é mais uma entidade meramente
metafísica ou teológica nem um simples resultado das
atividades bioquímicas do corpo. A alma passou a ser a
mente, um elemento extrafísico do Homem, capaz de
sobreviver à morte biológica e suscetível à investigação
científica em laboratório.
Na universidade de Cambridge, o professor Whately
Carington formulou uma teoria post-mortem e Harry Price
da Universidade de Oxford afirma que a MENTE humana
sobrevive após a morte e continua sendo capaz de
transmitir telepaticamente.
Embora haja parapsicólogos comprometidos com
instituições religiosas, muitos são independentes,
portanto livres para investigar, assim, dentre as
investigações mais significativas citaremos as do Prof.
Pratt da Duke University, dando origem à classificação
de um novo tipo de fenômeno paranormal, denominado
teta - oitava letra do alfabeto
grego, com a qual se escreve Tanathos, que significa
morte. Quaisquer contatos com mentes que sobrevivem à
morte estão inseridos nesses estudos.
Outro grupo de fenômenos pesquisados é o relacionado com
a existência de vidas passadas (reencarnações),
investigados em mais de 2000 (duas mil) crianças que se
recordavam, espontaneamente, de suas existências
anteriores, um trabalho minucioso do Prof. Dr. Ian
Stevenson da Universidade da Virgínia. Semelhante ao do
Prof. Banerjee, da Universidade de Jaipur na Índia.
Trata-se de MEC, memória extracerebral. Trabalhos
rigorosíssimos e cercados de inúmeros cuidados.
Na Rússia, Dr. Vladimir Raikov também investigou a MEC,
embora os considere como sendo fenômenos obtidos por
alguma forma de sugestão hipnótica, os denominou de
‘reencarnações sugestivas’.
Essas informações nos levam a crer que há uma tendência
dos grandes grupos de parapsicologia do mundo em aceitar
a possibilidade da “tese da sobrevivência da mente
humana” após a morte biológica, principalmente o
grupo ocidental. O casal Rhine da Duke University chega
a dizer que, além da mente ser extrafísica, sobrevive à
morte física e, após a morte biológica, é capaz de
transmitir comunicações telepáticas.
Atualmente, a Telepatia, clarividência, precognição
(premonição), psicocinesia (ação da mente sobre a
matéria) estão comprovadas em laboratório. Sobrevivência
após a morte, e reencarnação? As comprovações
laboratoriais estão a caminho. Como pessoas ligadas à
ciência, importante que tenhamos bom senso e equilíbrio.
Nem nos exaltarmos em voos com asa de cera, tal qual
Ícaro que teve suas asas derretidas sob o sol, nem
colocarmos chumbo nas asas do Espírito. A visão
independente dos fenômenos paranormais nos faculta abrir
os olhos diante do sol do esclarecimento que nos traz
inúmeras informações das escolas europeias e
norte-americanas.
A alma ou Espírito deixa de ser do outro mundo, passa a
se integrar neste mundo. Gradativamente, o preconceito
científico que embaraça as investigações vem reduzindo
de intensidade. Ao mesmo tempo, se reduz o preconceito
religioso que se recusa a aceitar as investigações
científicas sobre questões espirituais.
Dr. Ricardo Di Bernardi é médico em
Florianópolis, SC.