Estude e Viva
(Parte 17)
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Estude e
Viva, obra lançada pela FEB em 1965, focalizando
nela de modo especial os textos de autoria de André
Luiz. A obra citada foi psicografada, em parceria, pelos
médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
Questões preliminares
A. Como André Luiz se refere ao esnobismo?
Trata-se de um exotismo que ameaça as fileiras
espíritas, qual praga enquistada em plantação valiosa.
Esnobe é o nome que se dá a quem mostra superioridade,
arrogância e afetação, ou revela admiração servil por
tudo que está em voga ou é considerado distinto.
Companheiros que se deixam vencer por semelhante
prejuízo – alerta André Luiz – fornecem em pouco tempo
os sinais que lhe são consequentes.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
B. Se o esnobismo surgir em nossas atividades, que
atitude tomar?
Antes de tudo, devemos estar de sentinela contra
semelhante absurdo, cientes de que o esnobismo é
parasito destruidor da árvore de nossos princípios e
realizações. Vigiemo-nos. Imitemos o lavrador correto
que zela pela própria lavoura e, se o esnobismo surgir,
sorrateiro, em nossas atividades, procuremos de imediato
dar o fora com ele.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
C. Que advertência André Luiz faz a respeito de
resignação?
Indispensável ajustar resignação no lugar certo. Se a
Lei nos apresenta um desastre inevitável, não é justo
nos desmantelemos em gritaria e inconformação. Mas se,
por exemplo, as circunstâncias revelam a incursão do
tifo, não é compreensível cruzar os braços e deixar
campo livre aos bacilos. Serenidade é constância
operosa; esperança é ideal com serviço. Ninguém cultive
resignação diante do mal declarado e removível, sob pena
de agravá-lo e sofrer-lhe clava mortífera.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
Texto para leitura
307. Esnobismo – Um exotismo existe que ameaça as
fileiras espíritas sem ser qualquer das excentricidades
que aparecem no movimento doutrinário, à conta de
extravagância marginal. Disparate talvez pior,
porquanto, se nas atividades paralelas ao caminho real
da ideia espírita somos impelidos a reconhecer muita
gente caracteristicamente sincera nas intenções
louváveis, nessa outra esquisitice vamos encontrar para
logo a máscara de atitudes e maneiras, em desacordo com
os princípios arejados da Nova Revelação.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
308. Reportamo-nos ao esnobismo que comparece, muita
vez, em nossas formações, qual praga enquistada em
plantação valiosa.(1) Companheiros que se
deixam vencer por semelhante prejuízo fornecem em pouco
tempo os sinais que lhe são consequentes.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
309. Continuam espíritas e afirmam-se espíritas, mas
começam afetando possuir orientação de natureza
superior, passando a excessiva admiração pelas novidades
em voga. E, desprevenidamente, sem maior atenção pelos
ensinos da Doutrina que abraçam, cristalizam
despropósitos no modo de ser.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
310. Habitualmente, apaixonam-se por exterioridades
sociais e escolhem classe determinada para frequentar.
Isolam-se em grupo segregacionista, conquanto se
supunham representantes da mais alta ortodoxia em
matéria de opinião.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
311. Acreditam muito mais em títulos transitórios do
academicismo e em facilidades econômicas do que no valor
substancial das pessoas. Estimam espetáculos acima do
serviço, e evidenciam apreço além do que é justo aos
medalhões do mundo, à medida que se fazem mais distantes
e envergonhados de quaisquer relações com os humildes.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
312. Estão sempre dispostos a ordenar no trabalho em
assuntos de organização, horário, local e condições, sem
permitir que o trabalho os comande nas disposições e
disciplinas com que foi estabelecido.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
313. Nas obras de beneficência, tratam irmãos em penúria
como se fossem párias sociais, ao passo que se inclinam
reverentes perante qualquer figura de relevo mundano de
mérito duvidoso.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
314. Nós, os espíritas desencarnados e encarnados,
devemos estar de sentinela contra semelhante absurdo. O
esnobismo - repitamos - é parasito destruidor da árvore
de nossos princípios e realizações.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
315. Vigiemo-nos. Imitemos o lavrador correto que zela
pela própria lavoura, e, se o esnobismo surgir,
sorrateiro, em nossas atividades, procuremos de imediato
dar o fora com ele.
(Estude e Viva, cap. 32: Esnobismo.)
316. Resignação e resistência – É importante
estudar o tema resignação para que a paciência não nos
venha trazer resultados contraproducentes. Um lavrador
suportará corajosamente aguaceiro e granizo na
plantação, mas não se acomodará com gafanhoto e
tiririca.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
317. Habitualmente, falamos em tolerância como quem
procura esconderijo à própria ociosidade. Se nos
refestelamos em conforto e vantagens imediatas, no
império da materialidade passageira, que nos importam
desconforto e desvantagens para os outros?
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
318. Esquecemo-nos de que o incêndio vizinho é ameaça de
fogo em nossa casa e, de imprevisto, irrompem chamas
junto de nós, comprometendo-nos a segurança e
fulminando-nos a ilusória tranquilidade.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
319. Todos necessitamos ajustar resignação no lugar
certo. Se a Lei nos apresenta um desastre inevitável,
não é justo nos desmantelemos em gritaria e
inconformação. É preciso decisão para tomar os
remanescentes e reentretecê-los para o bem, no tear da
vida.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
320. Se as circunstâncias revelam a incursão do tifo,
não é compreensível cruzar os braços e deixar campo
livre aos bacilos.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
321. Sempre aconselhável a revisão de nossas atitudes no
setor da conformidade. Como reagimos diante do
sofrimento e do mal?
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
322. Se aceitamos penúria, detestando trabalho, nossa
pobreza resulta de compulsório merecimento.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
323. Civilização significa trabalho contínuo contra a
barbárie. Higiene expressa atividade infinitamente
repetida contra a imundície.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
324. Nos domínios da alma, todas as conquistas do ser,
no rumo da sublimação, pedem harmonia com ação
persistente para que se preservem. Paz pronta ao alarme.
Construção do bem com dispositivo de segurança.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
325. Serenidade é constância operosa; esperança é ideal
com serviço. Ninguém cultive resignação diante do mal
declarado e removível, sob pena de agravá-lo e
sofrer-lhe clava mortífera.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
326. Estudemos resignação em Jesus Cristo. A cruz do
Mestre não é um símbolo de apassivamento à frente da
astúcia e da crueldade e sim mensagem de resistência
contra a mentira e a criminalidade mascaradas de
religião, num protesto firme que perdura até hoje.
(Estude e Viva, cap. 33: Resignação e resistência.)
(Continua no próximo número.)
(1)
Esnobismo: qualidade ou atitude de esnobe, que
significa: que ou quem mostra superioridade, arrogância
e afetação; que ou quem mostra admiração servil por tudo
que está em voga ou é considerado distinto; que ou quem
é excêntrico.