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por Waldenir A. Cuin

 
Jamais esconder o talento recebido


“Senhor, sei que és um homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não espalhaste; e, temendo, escondi o teu talento na terra; eis aqui o que é teu... Servo mau e preguiçoso... lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.”
(Jesus. Mateus XXV.)


Na Parábola dos Talentos, Jesus deixa bem claro que a omissão e o descaso não servem de desculpa para o servo preguiçoso que não ousou utilizar o talento que lhe foi confiado. Preferindo cruzar os braços ante a oportunidade de trabalho que recebeu, perdeu a grande chance de exercitar suas potencialidades a caminho da prosperidade.

Quantas criaturas no meio social em que vivem, quotidianamente, representam o servo mau e preguiçoso da parábola em referência. Recebem da Providência Divina o talento da oportunidade de progredir espiritualmente, rumo à perfeição, e o esquece num canto qualquer de suas existências e a vida, passando como um bólido, as conduzirão ao juízo de suas consciências que, culpadas pela omissão, chorarão o remorso e o arrependimento da acomodação.

E são tantos os talentos que estão à nossa disposição, em todo o tempo, que em momento algum temos o direito de apresentar reclamações. Antes é imprescindível saber utilizá-los para extrair deles os benefícios que podem produzir.

Com o talento da paciência poderemos aprender a conviver com as pessoas em situações adversas, ensaiando a capacidade de renunciar e compreender virtudes que nos remetem à serenidade.

Com o talento do trabalho conseguiremos realizar as maiores proezas, impulsionando o progresso físico e moral, objetivando a construção do mundo de paz e esperanças que desejamos.

Com o talento da perseverança teremos a chance de continuar em busca da realização dos nossos sonhos e metas traçadas, tendo em mira deixar a inferioridade em que estamos para sublimar os nossos sentimentos.

Com o talento da coragem avançaremos destemidos pelos longos e às vezes pesados caminhos da vida, superando obstáculo, vencendo barreiras e chegando ao porto dos nossos destinos.

Com o talento do companheirismo poderemos ser, no reduto familiar ou no meio social em que mourejamos, um notável elemento de concórdia, de pacificação, unindo corações e reatando laços afetivos rompidos.

Com o talento do otimismo demonstraremos aos que nos observam um comportamento de equilíbrio, ânimo e firmeza ante qualquer situação que a vida nos apresente, criando ambiência adequada para as vitórias que nos aguardam.

Com o talento da fé teremos a absoluta e insofismável certeza de que Deus, nosso Pai de eterna bondade, tudo está fazendo para que tenhamos à disposição todos os mecanismos possíveis e capazes que nos assegurarão a paz que queremos.

Com o talento do amor conseguiremos ser, onde estamos e por onde passarmos, um digno representante da mensagem divina, servindo incansavelmente como elo entre as criaturas e Deus.

Portanto, não vale esconder o talento. Imprescindível e urgente laborar para multiplicá-lo, agindo de forma inversa ao que fez o servo mau e preguiçoso da Parábola dos Talentos, que desagradou profundamente o seu Senhor.

Reflitamos.   

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita