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por Claudio Viana Silveira

  
O próximo mais próximo


“O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.”
(Emmanuel.)


Numa das páginas evangélicas mais lindas (a parábola do Bom Samaritano), o Mestre das Misericórdias nos lembra quem é o nosso próximo mais próximo:

Esposa, marido, filhos, irmãos, via de regra, constituem-se o nosso próximo mais próximo. Mesmo depois de 25, 30, 50 anos de proximidade, quando filhos, naturalmente, seguem destinos, o cônjuge torna-se o próximo preferencial; dificuldades, mormente físicas, tomam-nos conta.

Amiúde, em convivência no trabalho, estudo, recreação, atividade física… sempre haverá aquele próximo mais próximo, muitas vezes carente de um sorriso, bom dia, boa tarde, olá!… É a simpatia roubando espaços à indiferença!

Nesta vida, como sempre, obedecemos e temos ascendências: nosso mais próximo, então, será o superior ou o subordinado.

Saber tratar um malfeitor poderá indicar-lhe o bom rumo. Com a proximidade, o mau pode ficar ‘menos pior’; e o bom, melhor ainda!

Quando adoecemos, o vizinho do lado torna-se o parente mais próximo; ele nos conduzirá aos primeiros socorros. E a recíproca é verdadeira!

Já a neutralidade emperra a evolução: nem avançamos na direção do bem; e não contribuímos com a progressão do próximo…

* * *

Mas voltemos ao início de nossa modesta filosofia sobre o mais próximo: a família! E percebamos o detalhe dos votos proferidos perante o juiz, sacerdote; perante nós mesmos.

Qual o significado de “na saúde e na doença… amando-nos, respeitando-nos, até que a morte nos separe”?

Renovarmos, amiúde, tais ‘promessas’ é termos a consciência da responsabilidade perante o próximo mais próximo.

Esse próximo poderá estar tão ferido e necessitado que precisará de nossos óleos, ataduras, talas, denários, boa vontade, “importar-se”, anonimato… Tal como aconteceu com o assaltado da parábola do Bom Samaritano, contada pelo Mestre.


(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado por Emmanuel, Cap. 126: Ajudemos sempre; 1ª edição da FEB.)

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita