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por José Lucas

 

Guerra e paz: por quê?


Basta olhar para um livro de História, para ver que a Humanidade sempre viveu em guerra. Basta olhar para a realidade, para ver que a Humanidade vive em estado permanente de guerra. Mas, não tem de ser assim…, podemos mudar!


Olhamos para os livros de História e ficamos horrorizados com os desmandos da Humanidade ao longo dos séculos.

Como foi possível termos sido tão bárbaros, tão fanáticos, tão cruéis?

Pensamos ser passado, felizmente, hoje somos mais civilizados, deduzimos…

Olhamos para o presente, para as notícias que os “mass media” nos trazem diariamente, e ficamos horrorizados. Como é possível no início do século XXI, sermos tão bárbaros, tão fanáticos, tão cruéis?

Parece que não houve evolução, apenas mudou o modus operandi: o ódio é o mesmo, o egoísmo é o mesmo, as lutas, as guerras, os fins a atingir são os mesmos.

Analisando, do ponto de vista materialista, e do ponto de vista da filosofia espírita, chegamos a conclusões diferentes.

A Filosofia Espírita (ou Espiritismo), que não é mais uma religião ou seita, mas uma doutrina, uma filosofia de vida, provou aquilo que as religiões acreditavam cegamente: a vida continua após a morte do corpo de carne, é possível comunicar com aqueles que julgamos mortos, eles voltam de além-túmulo para confirmar a sua imortalidade, a reencarnação é uma realidade comprovada cientificamente, e existe vida fora do planeta Terra, em infinitas formas de Vida.

Ora, sendo materialista, acreditando que tudo acaba com a morte do corpo de carne, o Homem no seu egoísmo feroz, desconhecendo a sua identidade espiritual, tudo busca para si, tudo rouba, procura o seu bem-estar acima do que é preciso, numa busca doentia pelo “ter” coisas e dinheiro, que nunca vai ter tempo de utilizar.  Nesse ponto de vista, faz sentido para o Homem hedonista: matar, “ter poder” temporário, tentar dominar, enquanto for vivo…

Tola ilusão!

Depois de Allan Kardec ter comprovado cientificamente a imortalidade da alma e a comunicabilidade dos Espíritos, em 1857, vemos a Sociedade de Pesquisas Psíquicas (S.P.R.), de Londres, Reino Unido, pesquisar e mais uma vez confirmar as teses espíritas, desta vez entre 1993 e 1998, comprovando cientificamente, no seu relatório sobre os fenômenos espíritas em Scole, no nordeste de Inglaterra, as mesmas teses que Kardec apresentou à Humanidade.

Depois de Allan Kardec ter matado a morte, em pleno século XX o eminente psiquiatra americano Ian Stevenson, deixou à Humanidade um legado inolvidável: cerca de 3 mil casos de reencarnação, investigados cientificamente, de crianças de todo o mundo, que se lembravam de vidas passadas, compilados em várias obras de cunho cientifico, demonstrando a realidade da reencarnação.

 

O Homem mata porque desconhece que é um ser espiritual, imortal, temporariamente num corpo físico, e que vai colher noutra reencarnação o que semear nesta vida

 

Ian Stevenson esteve na Casa do Médico, no Porto, no Simpósio “Aquém e Além do Cérebro” organizado pela Fundação BIAL, Portugal, onde apresentou no dia 2 de Junho de 2002, na “Notícias Magazine” (revista dominical que acompanhava o “Jornal de Notícias” e o “Diário de Notícias”) os seus trabalhos, afirmando peremptoriamente: “Podemos acreditar na reencarnação, com base em provas”, afirmando que a reencarnação, quando assimilada pela população mundial, terá um impacto maior do que teve a revolução industrial, na Terra.

Por que o Homem continua a matar-se, no horror da guerra?

Por que o Homem continua a matar-se, no dia a dia, por “valores” sem valor?

Por que o Homem insiste na estratégia do egoísmo, do ódio, do orgulho?
Acreditamos que a resposta está no fato de o Homem ainda desconhecer que é um ser espiritual que voltará a nascer vezes sem conta (neste ou naquele país, nesta ou naquela condição social, cor de pele…), que encontrará paz ou infelicidade dentro de si de acordo com o que semear na sua vida, ao longo das reencarnações.

Por isso, é importante disseminar as ideias espíritas, demonstrá-las, não para que os outros se tornem espíritas, mas para que a sociedade tenha consciência da sua imortalidade, da lei de causa e efeito (colhe o que semeia no curto e médio prazos), da reencarnação, e assim se modifique, consciente de que mais importante do que “ter” coisas, “ter” poder temporal, é “ser” pessoa de Bem, fazendo ao próximo o que deseja para si próprio, evoluindo intelectual e espiritualmente, dentro da assertiva “nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a Lei”.

 



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita