Guerra e paz: por quê?
Basta olhar para um livro de História, para ver que a
Humanidade sempre viveu em guerra. Basta olhar para a
realidade, para ver que a Humanidade vive em estado
permanente de guerra. Mas, não tem de ser assim…,
podemos mudar!
Olhamos para os livros de História e ficamos
horrorizados com os desmandos da Humanidade ao longo dos
séculos.
Como foi possível termos sido tão bárbaros, tão
fanáticos, tão cruéis?
Pensamos ser passado, felizmente, hoje somos mais
civilizados, deduzimos…
Olhamos para o presente, para as notícias que os “mass
media” nos trazem diariamente, e ficamos
horrorizados. Como é possível no início do século XXI,
sermos tão bárbaros, tão fanáticos, tão cruéis?
Parece que não houve evolução, apenas mudou o modus
operandi: o ódio é o mesmo, o egoísmo é o mesmo, as
lutas, as guerras, os fins a atingir são os mesmos.
Analisando, do ponto de vista materialista, e do ponto
de vista da filosofia espírita, chegamos a conclusões
diferentes.
A Filosofia Espírita (ou Espiritismo), que não é mais
uma religião ou seita, mas uma doutrina, uma filosofia
de vida, provou aquilo que as religiões acreditavam
cegamente: a vida continua após a morte do corpo de
carne, é possível comunicar com aqueles que julgamos
mortos, eles voltam de além-túmulo para confirmar a sua
imortalidade, a reencarnação é uma realidade comprovada
cientificamente, e existe vida fora do planeta Terra, em
infinitas formas de Vida.
Ora, sendo materialista, acreditando que tudo acaba com
a morte do corpo de carne, o Homem no seu egoísmo feroz,
desconhecendo a sua identidade espiritual, tudo busca
para si, tudo rouba, procura o seu bem-estar acima do
que é preciso, numa busca doentia pelo “ter” coisas e
dinheiro, que nunca vai ter tempo de utilizar. Nesse
ponto de vista, faz sentido para o Homem hedonista:
matar, “ter poder” temporário, tentar dominar, enquanto
for vivo…
Tola ilusão!
Depois de Allan Kardec ter comprovado cientificamente a
imortalidade da alma e a comunicabilidade dos Espíritos,
em 1857, vemos a Sociedade de Pesquisas Psíquicas
(S.P.R.), de Londres, Reino Unido, pesquisar e mais uma
vez confirmar as teses espíritas, desta vez entre 1993 e
1998, comprovando cientificamente, no seu relatório
sobre os fenômenos espíritas em Scole, no nordeste de
Inglaterra, as mesmas teses que Kardec apresentou à
Humanidade.
Depois de Allan Kardec ter matado a morte, em pleno
século XX o eminente psiquiatra americano Ian Stevenson,
deixou à Humanidade um legado inolvidável: cerca de 3
mil casos de reencarnação, investigados cientificamente,
de crianças de todo o mundo, que se lembravam de vidas
passadas, compilados em várias obras de cunho
cientifico, demonstrando a realidade da reencarnação.
O Homem mata porque desconhece que é um ser espiritual,
imortal, temporariamente num corpo físico, e que vai
colher noutra reencarnação o que semear nesta vida
Ian Stevenson esteve na Casa do Médico, no Porto, no
Simpósio “Aquém e Além do Cérebro” organizado
pela Fundação BIAL, Portugal, onde apresentou no dia 2
de Junho de 2002, na “Notícias Magazine” (revista
dominical que acompanhava o “Jornal de Notícias”
e o “Diário de Notícias”) os seus trabalhos,
afirmando peremptoriamente: “Podemos acreditar na
reencarnação, com base em provas”, afirmando que a
reencarnação, quando assimilada pela população mundial,
terá um impacto maior do que teve a revolução
industrial, na Terra.
Por que o Homem continua a matar-se, no horror da
guerra?
Por que o Homem continua a matar-se, no dia a dia, por
“valores” sem valor?
Por que o Homem insiste na estratégia do egoísmo, do
ódio, do orgulho?
Acreditamos que a resposta está no fato de o Homem ainda
desconhecer que é um ser espiritual que voltará a nascer
vezes sem conta (neste ou naquele país, nesta ou naquela
condição social, cor de pele…), que encontrará paz ou
infelicidade dentro de si de acordo com o que semear na
sua vida, ao longo das reencarnações.
Por isso, é importante disseminar as ideias espíritas,
demonstrá-las, não para que os outros se tornem
espíritas, mas para que a sociedade tenha consciência da
sua imortalidade, da lei de causa e efeito (colhe o que
semeia no curto e médio prazos), da reencarnação, e
assim se modifique, consciente de que mais importante do
que “ter” coisas, “ter” poder temporal, é “ser” pessoa
de Bem, fazendo ao próximo o que deseja para si próprio,
evoluindo intelectual e espiritualmente, dentro da
assertiva “nascer, morrer, renascer ainda, progredir
sem cessar, tal é a Lei”.