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por Nilton Moreira

 

Perdão liberta


Na vida temos sentimentos fáceis de resolver e outros difíceis. Um dos sentimentos difíceis de serem resolvidos é o perdão, o qual é um dos entraves maiores para nossa evolução na direção ao Pai. Acha-se enraizado em nós e nos acompanha desde a mais tenra idade, pois já em criança, quando somos contrariados, não perdoamos e chegamos até a ficar com raiva de algumas pessoas por nos terem feito algo que não admitíamos.

Já adultos compreendemos o sentido do perdão, mas relutamos e, normalmente, quando o praticamos, basta relembrar o fato acontecido para que a nossa mente vá conviver mais uma vez com aquela energia pesada que originou a nossa angústia.

Existem fatos graves e outros menos graves que nos acometem, mas, para nós, sempre achamos ter sido esse o de maior intensidade que nos fizeram, e nossa revolta eclode animalesca, causando um mal-estar grande no nosso organismo.

Jesus, sabendo da dificuldade que teríamos em perdoar, nos respondeu que deveríamos “perdoar setenta vezes sete”, pois Ele sabia que, mesmo após perdoarmos, não nos esqueceríamos do que nos fizeram e voltaria o rancor à nossa mente.

O perdão é um sentimento que deve ser trabalhado por nós a todo momento, além do que, quando nos dirigimos a Deus na prece, sempre colocamos, como condição de Ele nos perdoar, o compromisso de perdoarmos a quem nos tenha ofendido.

Para nós, Espíritos encarnados que somos, é maior atraso o não perdoar do que praticar uma grave atitude a alguém, pois, quando fazemos algo ruim temos de expiar o fato em futura existência, ou até mesmo nesta, mesmo que sejamos perdoados por aquele a quem ofendemos.

Portanto, devemos exercitar esse sentimento tão necessário para nosso crescimento espiritual, buscando nos ensinamentos do Mestre as maneiras de desenvolver amor no coração. É difícil, sabemos, pois, acoplados ao perdão, estão o orgulho e a vaidade, entraves em nossa vida, e muitas vezes até já perdoamos a quem nos ofendeu, mas não o dizemos por orgulho, achando que ficaremos diminuídos perante outrem. Mas que importam os outros neste caso? Exteriorizemos o perdão e certamente seremos mais felizes!

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita