Amar também se aprende
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua
pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para
odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender
a odiar, podem ser ensinadas a amar."– Martin Luther
King, Jr.
Muito se fala em cultura do ódio, da violência; e ela
existe, sem sombra de dúvida. Basta pensarmos na
ideologia nazista, em associações como a Klu-Klux-Klan e
nas brigas e confusões ocasionadas pelas torcidas
organizadas em estádios de futebol, as quais muitas
vezes terminam em pessoas lesionadas gravemente ou até
mesmo assassinadas.
As ideias de supremacia da chamada “raça branca” sobre o
restante da população terráquea não são página virada da
História, infelizmente. Existem partidos políticos
inclusive, os quais defendem o neonazismo, como a
Aliança Nacional, nos Estados Unidos, a Frente Nacional,
na Inglaterra, e o Partido Nacional Democrata, na
própria Alemanha.
E existem comunidades virtuais que congregam milhares de
pessoas ao redor do globo que apoiam e cultivam tais
ideais sombrios. Para ilustrar, apenas nos Estados
Unidos, a “terra da liberdade”, há a Stormfront
(Frente ou Fronte da Tempestade), a Aryan Nations
(Nações Arianas) e a White Aryan Resistance (WAR
– Resistência Branca Ariana). Esta última chama a
atenção, ainda, pelo detalhe da sigla: WAR, em língua
inglesa, quer dizer GUERRA, em português.
Como aprendemos no Espiritismo (vide Emmanuel e
Francisco Cândido Xavier em A Caminho da Luz), os
arianos formaram na Terra um dos principais troncos
civilizatórios, a partir da Índia. Eram exilados do
sistema solar da estrela de Capela, massas compactas de
Espíritos já bem desenvolvidos intelectualmente e, no
entanto, rebeldes e refratários à nobreza de
sentimentos.
Belicosos e cheios de si, migraram pela superfície
planetária, originando o denominado tronco indo-europeu,
o qual culminou na maior parte das nações europeias,
atraídas naturalmente pela similitude de tendências e
gostos, formando as comunidades dos povos germânicos,
ingleses e franceses, principalmente.
O avanço tecnológico, porém, filho direto da Lei do
Progresso, uma das Leis Divinas ou Naturais, segue
sempre o seu curso e hoje sabemos, pelo mapeamento
genético (Projeto Genoma Humano) que as diferenças entre
as pessoas são mínimas, mesmo com a diversidade de
gênero e de etnias.
Uma vez mais se confirma a sublimidade do ensino do
Cristo, ao nos desvelar Deus como Pai e todos nós,
portanto, como filhos d’Ele, ou
seja, somos todos irmãos,
muito próximos uns dos outros, em que pesem os
contrastes epidérmicos, superficiais.
Resulta daí que possuímos muitos motivos para nos
tratarmos de forma respeitosa, digna e, até, fraternal.
Em meio aos dias tumultuários em que respiramos, é bom
verificarmos que os cursos de amorosidade existem: foram
implantados pelo Mestre insuperável, há cerca de dois
mil anos, à beira do lago de Genesaré, ao redor das
mesas em que se assentou com seus seguidores na Galileia
distante e em seus jardins e oliveiras, tendo a abóbada
estelar como cobertura; os Apóstolos prosseguiram na
exemplificação dos seus ensinos de Amor, Paulo de Tarso
espalhou as sementes do Cristianismo entre a gentilidade,
e os embaixadores do meigo Rabi têm reencarnado em
diversas épocas e localidades – portanto, ensinos e
exemplificações sobre o Amor não nos têm faltado,
aprendizes um tanto relapsos que somos, ao longo dos
tempos.
Um dia, a visão do Reverendo Martin Luther King Jr. será
concretizada; quando o verbo amar for melhor conjugado
por cada um de nós, o ambiente na Terra surgirá
naturalmente transformado, sem barreiras, sem distinções
baseadas em sexo, classe econômica ou idade e
nacionalidade: o Reino de Deus instalado em nossos
corações, irmanados finalmente!
|