As
trilhas e o caminho
A Doutrina Espírita
evidencia para o homem
sua individualidade
espiritual atrelada à
responsabilidade que lhe
cabe perante os seus
atos. Dessa forma somos
diferentes na própria
essência, e nossos
Espíritos estão envoltos
no corpo físico,
aprisionados enquanto
perdurem nossas atuais
existências. O
livre-arbítrio, que é
uma dádiva Divina,
faculta-nos deliberar
sobre qual estrada
devemos caminhar.
Esse ato constante,
enquanto encarnados,
propicia-nos adquirir
experiências edificantes
ou não, dependendo do
nosso discernimento para
a prática do bem.
Sabemos que não existe
mal, e sim, a falta do
bem, como não há trevas,
e sim ausência de luz...
Nós é que delineamos a
trajetória que devemos
trilhar e, por conta da
nossa individualidade,
temos pretensões
próprias já
cristalizadas em vidas
pretéritas. A
diversidade de pendores
e índoles que possuímos
contempla o estado
evolutivo em que nos
encontramos no Orbe
terrestre.
Com esse raciocínio
inferimos que, para
atingirmos o verdadeiro
Caminho preconizado por
Jesus, necessitaremos
passar por caminhos os
mais diversos para o
aprimoramento do
Espírito, até atingirmos
num dia glorioso aquela
estrada de Luz deixada
por Jesus, segundo João,
14:5-6, “(...) Eu sou o
caminho, a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim”.
A nossa chegada sublime
demandará tempo e
sacrifício. Haverá
aqueles que procuram
atalhos ou trilhas, como
que sejam a opção mais
fácil, contudo, a
perseverança é que irá
consolidar a chegada ao
destino colimado.
Tenhamos em mente que as
oportunidades são iguais
para todos, já que o
Pai, com sua
Misericórdia e infinita
Justiça, jamais faria
diferente. Todavia, as
decisões de cada um,
valendo-se do
livre-arbítrio, é que
resultarão no processo
evolutivo breve ou
longo.
Assim sendo, estamos
todos navegando no mesmo
oceano de provas e
expiações, cabendo-nos
buscar as virtudes para
as nossas práticas
diárias. O Criador não
nos pune! Somos os
únicos semeadores nos
campos das nossas
existências para a
posterior colheita que é
obrigatória...
Nossa herança genética
nos reporta aos
caracteres paternos da
vida corpórea.
Poderíamos dizer também
que herdamos do Criador
a Centelha de Luz
consoante a “genética”
Celestial. Quando Jesus
disse, segundo Mateus,
5: 16, ”Assim, brilhe
vossa luz diante dos
homens, para que vejam
as vossas boas obras e
glorifiquem vosso Pai
que está nos céus”,
deixou evidente a
existência desse vínculo
sublime que mantemos com
Ele.
Procuremos, pois,
enquanto de passagem,
ajustar nossos passos e
enveredar naquele
Caminho auspicioso que
nos aguarda. Outras
alternativas aparecerão,
devendo ser rechaçadas
mediante o uso da razão,
para que não adentremos
nas estradas pedregosas,
evitando as agruras
nesse caminhar... (As
lágrimas vertidas na dor
e aceitas com resignação
servirão de lenitivo
para as caminhadas
futuras.) |