A saúde que vem de fora
“Toda e qualquer enfermidade orgânica tem procedência
nos recessos íntimos da alma.” –
Joanna de Ângelis.
A revista VEJA em sua edição de n.º 2357 de 22 de
janeiro de 2014, nas páginas 72 a 79, traz uma grande
reportagem sobre saúde, taxa de metabolismo, sucos
verdes, exercícios, dietas etc. Reproduziremos um
pequeno trecho de toda essa proposta para a saúde que
vem de fora: O homem não pode viver de maneira
saudável somente com alimentos, sem uma certa quantidade
de exercícios. A afirmação pareceu familiar, atual? É
provável que sim – mas vale lembrar que ela tem alguns
milênios. Foi escrita pelo grego Hipócrates (460 a.C.-375
a.C.), “o pai da medicina”, no século V a.C.. Por sua
vez, o historiador Plutarco (46 d.C.-119 d.C.),
conterrâneo de Hipócrates, acreditava que “pessoas
magras são geralmente mais saudáveis” e chegou a
comparar o corpo humano a um navio “que não pode ser
sobrecarregado”; segundo ele, um bom médico seria aquele
que, em lugar de remédios ou de bisturi, se valeria de
dietas para manter a saúde de seus pacientes. A
propósito, em grego, a palavra díaita – da qual se
origina o termo “dieta” – significa um “modo de vida”, e
não um programa alimentar com o objetivo exclusivo de
perder peso. Pena que, a exemplo de outras lições da
Grécia antiga – e é melhor nem começar a enumerá-las,
para não cair na tentação de citar Aristóteles e se
aprofundar em uma certa “arte de promover o bem comum”,
a política –, e ideias e metáforas tão magníficas como
as de Hipócrates e Plutarco possam ser frequentemente
distorcidas em nome de supostas soluções miraculosas
para emagrecer ou mesmo manter o corpo em forma física e
espiritual.
Você tem alguma ideia de onde se encontra a posição mais
correta sobre a saúde? Na Grécia antiga ou na medicina
atual?
Eu tenho a minha opinião que passo a dividir com você:
“Eis que já estás são. Não peques mais, para que não
suceda o pior” (João, 5:14).
Evidentemente que todos os cuidados com o corpo físico
devem ser tomados. Exercícios, alimentação adequada,
exames preventivos, consultas rotineiras ao médico da
sua confiança etc., entretanto, como fugir a essa
colocação de Jesus? Como desvincular o Espírito em
desequilíbrio que habita um corpo físico, da saúde desse
mesmo corpo? Como desvincular os inquilinos de uma casa
dos cuidados para a manutenção dessa mesma casa?
Emmanuel nos ensina através da mediunidade de Chico
Xavier que a grande maioria das doenças tem a sua
causa profunda na estrutura semimaterial do corpo
espiritual. Havendo o Espírito agido erradamente, nesse
ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo
espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o
predispõe à instalação de determinadas enfermidades,
conforme o órgão atingido.
Quem já não viu uma pessoa que come de tudo: é gorda e
não tem o colesterol alto? Ou uma pessoa magra, que come
regradamente, pratica exercícios e tem taxa alterada
dessa mesma gordura? Possuem metabolismos diferentes.
Possuem corpos materiais que respondem de maneiras
diferentes aos estímulos externos. E qual o motivo
dessas diferenças? Onde estará a origem desses
distúrbios? No corpo físico ou em um local que
transcende ao órgão material?
Obviamente que não estamos fazendo apologia dos
desequilíbrios de qualquer tipo. Não há como negar a
ação nociva do cigarro ou das bebidas alcoólicas sobre o
corpo material. Mas, quem toma a iniciativa de viver
desequilibradamente: o corpo, mero instrumento, ou o
espírito, autor de suas decisões? Retornamos, portanto,
ao ponto de origem sobre a saúde que vem de dentro.
Joanna de Ângelis ensina que na raiz, portanto, de
qualquer enfermidade, encontra-se a distonia do
Espírito, que deixa de irradiar vibrações harmônicas,
rítmicas, para descarregá-las com baixo teor e
interrupções que decorrem da incapacidade geradora da
Fonte de onde procedem.
André Luiz ensina que a medicina humana será muito
diferente no futuro quando a Ciência puder compreender a
extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das
moléstias do corpo físico.
Seja como e quando for que isso venha a ocorrer, ainda
ecoará, como base de toda a explicação, as palavras de
Jesus: “Eis que já estás são. Não peques mais, para que
não suceda o pior”.
Nesse tempo, o ser humano entenderá que a saúde que
tanto busca fora de si através de dietas, exercícios,
sucos exóticos, exames preventivos ou de tudo mais que
lança a mão na preservação da mesma, está dentro dele
mesmo, não no corpo, evidentemente, mas no Espírito
imortal, origem de todos os males ou bem-aventuranças
que o acompanham em sua caminhada pela Terra. Mente sã
em corpo são, como a única alternativa para a saúde que
vem de dentro. Ou seria melhor dizer: da saúde que já
está ou não em seu interior e não pode ser conquistada
fora de si mesmo?
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