Criança precisa de (muita) natureza
Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as
águas, é de poesia que estão falando.
Manoel de Barros
É muito importante que as crianças aprendam a amar e
respeitar a natureza.
À medida que a Terra é nossa Casa comum, é o contato com
a natureza que suscitará nas crianças amor e dever de
cuidado em relação ao mundo que as cerca, desabonando no
futuro qualquer prática desprovida de ética.
Mas como ensinar a criança a apreciar a natureza?
Para ajudar a criança a crescer consciente de seu
compromisso de cuidado com o mundo natural é necessário
facilitar-lhe, desde cedo, um contato frequente com a
natureza: flores, árvores, jardins, hortas, bosques,
matas, montanhas, rios e tudo que engloba a natureza.
Pais que estimulam o brincar em conexão com a natureza,
que incentivam atividades semanais nas praças, nos
parques, ações singelas na horta ou no jardim,
possibilitam uma série de lições relevantes aos seus
filhos, pois a vivência com a natureza é uma autêntica escola
estética e moral.
Estudos diversos comprovam benefícios que o contato
regular com a natureza propicia às crianças, assegurando
resiliência, autoconfiança, empatia, solidariedade, por
exemplo.
Crianças que visitam com habitualidade parques, jardins
botânicos, bosques, têm a infância enriquecida de
significados que lhes moldarão positivamente o caráter.
Além disso, esse contato com o mundo natural é algo
simples, de baixo custo, mas que proporciona à criança
alegria, saúde e senso de pertencimento, porque também
somos natureza.
Pais, por favor, ao menos nos finais de semana, levem
seus filhos para fazer um passeio em um bonito jardim
ou, ainda, um singelo piquenique na pracinha do bairro.
Creio em valores estéticos, e a vida é esta coisa
diversa, que não pode ser trocada por dinheiro.
Paineiras, hibiscos, rosas – que vida rica vive no seu
meio? Flora, fauna, passarinhos... E, sem dúvida, toda
criança precisa de (muita) natureza.
Notinhas
Estudos sérios apontam hoje que a carência de contato
com a natureza se relaciona com possibilidades maiores
de padecer uma pessoa transtornos como a depressão, o
estresse e a ansiedade; essa falta de natureza
retroalimenta ainda outro fenômeno: o sedentarismo, raiz
de enfermidades diversas.
A natureza ensina às pessoas a importância do
compartilhar e, ainda, a riqueza que a contemplação do
belo proporciona à nossa saúde emocional e psíquica,
configurando-se como uma ferramenta excelente à arte do
bem viver. |