Qual
comida?
“Dai-lhes vós de
comer...” (Jesus,
em Mateus 6:37.)
“Naquela hora do
ensinamento inesquecível,
a fome era naturalmente
do corpo, mas, ainda e
sempre, vemos a multidão
carente de amparo,
dominada pela fome de
luz e de harmonia,
vergastada pelos
invisíveis [açoites]da
discórdia e da
incompreensão.”(Emmanuel)
Matriculados na Escola
Cristã, deparamo-nos,
comumente, com os
famintos de toda ordem.
Como estamos em período
literalmente escolar,
com os estudos da Casa
de vento em popa,
perguntamo-nos e
perguntamos-lhes, de qual
comida precisamos?
Pois é natural que no
início de um ano letivo
cristão, cheguemos aos
grupos fatigados
e famintos.
Fatigados, talvez,
de uma “preguiça ativa”,
pelo prolongado período
de férias (‘até’ do
Cristo...) e famintospor
uma atividade não mais
preguiçosa, mas ativa,
fraterna, instrutiva e
compreensiva.
Em primeiro lugar, a
comida doamparo: acolhemo-nos
para esclarecimento; e
este irá nosamparar.
O esclarecimento só
ampara porque é luz: a luz dos
arrazoados. De quanta luz precisamos?
Talvez de pouca! E,
paradoxalmente, pouca é,
ainda, a que mais
temos!...
Nós, comensais, o que
mais necessitamos
durante o ano letivo é
de harmonia: Poderemos,
ao final do ano, estar
com uma compreensão
relativa do conteúdo
doutrinário... mas a
desarmonia nos fará
repetentes!
Aprovados em harmonia,
discórdiase incompreensões passarão
ao largo: a discórdia já
se torna desnecessária e
a incompreensãofalecerá
nos braços da
fraternidade...
* * *
A fome aqui, pois, não
é, de forma alguma, do
corpo, mas aquela fome
que chega a ser sede do
esclarecimento de uma
doutrina que tem o poder
de libertação: a que
procede do entendimento
de que “não só de pão
vive o homem...”
Os mesmos 5.000
alimentados (do corpo)
no Monte das
Bem-Aventuranças, são os
mesmos que vociferamos:
“crucifica-o; crucifica-o!”
No segundo episódio, não
estávamos, ainda,
alimentados de “toda a
palavra que sai da boca
de Deus!”
E hoje?!... Reflitamos!
(Sintonia: Xavier,
Francisco Cândido,Fonte
Viva, ditado por
Emmanuel, Cap. 131, No
campo social, 1ª
edição da FEB.) |