Jesus Cristo não nos salvou com sua morte,
mas com sua vida
A doutrina de que a morte de Jesus na cruz nos salva é
insustentável. Sua origem se deve a dois fatos. O
primeiro foi a grande emoção de tristeza que ela causou
entre os primeiros cristãos. O segundo fato foi a crença
judaica errada de que Deus se deleita com sacrifícios e
que acabou sendo aceita por eles, o que não é
surpreendente, pois eles eram também judeus. Aliás, o
próprio Jesus era judeu, embora Ele tenha sido o maior
herege do Judaísmo. Infelizmente, essa crença nos
sacrifícios agradáveis a Deus se tornou uma das
principais do cristianismo. Mas o próprio Jesus disse:
“É a misericórdia que quero e não holocaustos” (Mateus
9: 13).
A missão do Nazareno foi de nos trazer e propagar a
mensagem divina de amor a Deus e amor recíproco entre
todos os seres humanos. E é a vivência dessa doutrina
que nos abre a porta de entrada para o reino de Deus e a
salvação. Mas que reino de Deus é esse? É a nossa
felicidade plena que está em nós mesmos. “...o reino de
Deus está entre vós.” (Lucas 17: 21). Entre nós, porque
esse reino é de amor incondicional e irrestrito entre
todas as pessoas, até entre os inimigos. E somente entre
as pessoas, em que esse amor recíproco for mesmo
verdadeiro, é que o reino de Deus se torna também
presente entre elas. Sim, pois, de fato, somente esse
reino nos traz realmente a verdadeira felicidade, seja
aqui no mundo físico, seja na dimensão espiritual.
Um exemplo desse reino de Deus entre nós é aquela paz
dada por Jesus (João 14: 27). Mas é claro que devemos
estar dispostos a recebê-la. E a porta aberta para
recebimento dela por nós é a prática do Evangelho do
excelso Mestre.
Não é que esteja errado falarmos que nós entramos no
reino de Deus ou dos céus. Mas, pensando bem, é o reino
de Deus que entra em nós e fica em nós onde nós
estivermos no decorrer das eternidades, estejamos no
mundo físico ou no dos Espíritos.
Para que se realize esse reino de Deus em nós e a nossa
consequente salvação ou libertação, é necessária a
reencarnação. E eis um dos vários exemplos bíblicos
dela: Disse Jesus a Nicodemos que é necessário nascer de
novo da água (hoje, líquido amniótico) e do espírito.
Nicodemos não entendeu bem o assunto, ou fingiu que não
o entendeu, pois ele queria saber mais de Jesus sobre o
assunto. Então, Jesus deu outra explicação mais clara:
Quem não nascer de novo da ‘carne’ e do espírito não
consegue chegar ao reino dos céus (João 3: 3). Ora,
nascer de novo da ‘carne’ é o indivíduo nascer de novo
de seus pais. E tanto é verdade que se trata da
reencarnação, que os tradutores atuais da Bíblia, para
ocultarem a ideia da reencarnação, em vez de traduzirem
o termo grego “anothen” por ‘de novo’ como foi durante
2.000 anos, passaram a traduzi-lo por ‘do alto’, que é
também o significado de “anothen”. Mas será que os
tradutores que fizeram a tradução de “anothen” por de
‘novo’, durante os 2.000 anos, estavam errados, ou os
tradutores atuais estão realmente tentando esconder a
ideia da reencarnação?
A reencarnação é que, realmente, nos dá a condição de
evoluir até atingirmos o nível do reino de Deus da vida
de Jesus e, por consequência, a nossa salvação! É, pois,
a imitação da vida exemplar de Jesus que nos salva e não
o pecado mortal de seu assassinato humilhante e
vergonhoso na cruz!