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por Nilton Moreira

 
Determinismo


Antes da concepção, enquanto estamos no estado de erraticidade, isto é, vivendo no mundo espiritual, o Espírito que somos enquanto aguarda o momento de voltar ao plano físico, o que acontece a partir do nascimento de uma criança, pois que através da união sexual é preparado o corpo material, onde são combinadas as características do homem e da mulher, cuja atividade não é responsável pela elaboração do Espírito que virá habitar no referido corpo, somos convidados a planejar nossa nova vida aqui na Terra, isto com a ajuda dos benfeitores elevados, muito bem explicado no filme e livro Nosso Lar.

Escolhemos, por exemplo, o local onde nasceremos. Cidade, família, tudo no sentido de possibilitar que resgatemos ou proporcionemos que outrem resgate as dívidas para conosco contraídas em vidas anteriores. Nisso reside a Justiça Divina, e se completa a máxima muito usada, “o que aqui se faz aqui se paga”.

Por outro lado, não são verdadeiras as afirmativas “eu não pedi para nascer” ou “nasci na família errada”, pois tudo é devidamente preparado para que cheguemos ao mundo com condições de colocar em prática o que nos comprometemos lá no plano espiritual, usando para tanto de nosso livre-arbítrio, que nos oportuniza seguir o caminho certo ou errado.

Mas acima de tudo temos de considerar que existe algo muito importante que é o determinismo, situação pela qual não podemos fugir de realizar e que portando está acima do livre-arbítrio. O determinismo também é algo planejado por nós antes do nascer, e em algum momento da vida na Terra nos depararemos com ele e teremos de cumprir.

A característica marcante no determinismo é que sempre será algo de bom, não vindo, portanto, em nosso prejuízo, ao contrário, por exemplo, de resgates, provações, missões, expiações, ele é algo que de maneira geral traz benesse, e se soubermos aproveitar, alavancará nosso progresso nesta reencarnação. Pode muitas vezes a princípio nos parecer algo estranho ou ruim, mas, em verdade, logo ali veremos que não o é.

Portanto, o viver não é tão simples como parece, e precisamos estar atentos ao que nos acontece para que possamos tomar decisões sensatas e aproveitar o máximo do determinismo que se apresenta, para que a partir dele sigamos caminhos salutares que possam ensejar uma evolução na trajetória de nossa vida. O determinismo pode estar numa profissão que nos chega, numa companhia para convivermos ou em outros acontecimentos marcantes.

Estejamos alerta e confiemos sempre nos desígnios do Criador.

 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita