Fraternidade e progresso
O item 13 (Missão do Homem Inteligente na Terra) do
capítulo VII (Bem-Aventurados os Pobres de Espírito) de O
Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec
(Edições FEESP), apresenta-nos mensagem de Ferdinando -
Espírito protetor, Bordéus, 1862 - sobre o procedimento
daqueles que estão em nosso Planeta, acima das
conveniências e das paixões humanas.
Nestas condições, o homem não se orgulha por aquilo que
sabe, pois tem consciência de que esse saber tem limites
estreitos, mesmo que se trate de alguém considerado um
poço de cultura e sabedoria. Não há, pelas razões
expostas na mensagem, nenhuma razão para o
envaidecimento.
Conforme os desígnios divinos, nascemos num meio onde
temos sempre que desenvolver a nossa inteligência,
utilizando-a em benefício do semelhante. Com a nossa
inteligência, podemos desenvolver (e conduzir a Deus) as
inteligências retardatárias. No entanto, muitos sãos os
que abusam da inteligência e das outras faculdades,
transformando-as em instrumentos de orgulho e de
perdição.
Por isso, a moral do homem deixa sempre a desejar. Diz
Ferdinando: "A inteligência é rica em méritos para o
futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se
todos os homens bem-dotados se servissem dela segundo os
desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil,
ao fazerem progredir a humanidade. Muitos, infelizmente,
a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição
para si mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como
de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições,
advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o
que ela mesma lhe deu".
Compete-nos fazer sempre a nossa parte no caminho do
bem, exercendo sempre o sentimento de fraternidade. A
nossa ação, somada à ação de tantos outros que estão
imbuídos do mesmo propósito, contribuirá para que o
progresso da humanidade se faça, num tempo cada vez mais
crescente.
Atentemos para o item 27 (A Nova Geração) do capítulo
XVIII (Sinais dos Tempos - A Geração Nova) do livro A
Gênese, de Allan Kardec (edição LAKE):
"Para que os homens sejam felizes sobre a Terra, é
necessário que ela seja povoada apenas por bons
Espíritos encarnados e desencarnados, que apenas queiram
o bem. Tendo chegado tal tempo, uma grande emigração se
realiza neste momento entre os que a habitam; aqueles
que praticam o mal pelo mal, e que o sentimento do bem não
atinge, não sendo mais dignos da Terra transformada,
dela serão excluídos, porque eles lhe trariam novamente
perturbações e confusão, e seriam um obstáculo ao
progresso. Irão expiar seu endurecimento, uns nos mundos
inferiores, outros, em raças terrestres atrasadas, que
serão equivalentes a mundos inferiores, onde levarão
seus conhecimentos adquiridos, e onde irão com a missão
de as fazer progredir. Serão substituídos por Espíritos
melhores, que farão reinar entre si a justiça, a paz, a
fraternidade".
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