Acautelemo-nos contra as tais palavras
"soltas"
Uma simples palavra, quando dita nas ocasiões “certas”,
seja ela de estímulo ou de desestímulo, provoca
indícios, em quem ouve, de que pode reagir,
positivamente, e modificar a sua maneira de pensar sobre
determinada circunstância da vida. Por outro lado, a
mera palavra pronunciada em momento “inadequado” pode
ser motivo de grandes dores morais.
Muitas pessoas creem que o xingar é “apenas” uma
resposta instintiva para algo doloroso e imprevisto,
como, por exemplo, bater a cabeça na quina do armário,
uma topada inesperada em algum obstáculo ou, ainda,
quando nos vemos diante de alguma frustração ou
aborrecimento. Esses são os momentos mais comuns de as
pessoas apelarem para as expressões de baixo calão, e
muitos pesquisadores acreditam que elas “ajudam” a
aliviar o estresse e a dissipar energia, da mesma forma
que o choro para as crianças.
Todos os povos e religiões antigas possuíam ou possuem
palavras consideradas sagradas e outras malditas,
palavras que apresentam um poder de carga vibratória,
assumindo mesmo, em certos casos, uma irretroatividade
da mensagem, uma vez proferidas. Todos os idiomas
possuem palavras obscenas, mas as que são consideradas
como tal, o que elas significam e o impacto que elas
causam quando pronunciadas mudam com o passar do tempo,
assumindo novos sentidos. Em muitas línguas, palavras
que, antes, eram consideradas tabus se tornaram comuns e
outras passaram a ser entendidas como obscenidades.
Para muitos estudiosos, a tendência por falar coisas
obscenas (palavrões), por qualquer motivo, é um indício
de distúrbio, tanto psíquico quanto moral. Em verdade,
teoricamente falando, a aparelhagem fonética do ser
humano evoluiu em uma direção: a ideal para nosso
aprimoramento espiritual.
Dos sons guturais emitidos por nossos antepassados
hominídeos, passamos a uma grande gama de vocábulos,
cujos significados intrínsecos ou explícitos são muito
amplos. Assim, uma oração, oriunda dos bons pensamentos
e originada do mais elevado sentimento, é um instrumento
para o bem, para a beleza e para a perfeição divina,
atuante, em nós, no ambiente e em prol do interlocutor.
Contudo, uma maledicência, ou uma acusação, ou, ainda,
um xingamento, ou mesmo um termo chulo, consubstanciam
uma onda negativa de formas-pensamento que atuam em moto
contínuo, alimentados pela mente e pelos sentimentos,
vibratoriamente similares.
Por isso, fujamos de palavrões! Que de nossa boca sejam,
apenas, emitidas palavras voltadas ao bem e à paz. Para
esse objetivo, devemos intensificar o treinamento
constante, pois que na vida social estamos viciados a
lidar com nossa expressão verbal muito levianamente.
Lembremos, porém, que sempre seremos responsáveis pelas
consequências, diretas e indiretas, das palavras que
proferimos a esmo.
Quem tem sede de se aprimorar, espiritualmente, deve
analisar, com critério, o que verbaliza diariamente.
Espíritos elevados não se expressam de forma vulgar,
pois fazem uso, unicamente, do verbo elevado.
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