Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Sol nas Almas

Parte 6


Continuamos a apresentar o estudo do livro Sol nas Almas, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelo médium Waldo Vieira e publicada originalmente pela Comunhão Espírita Cristã de Uberaba (MG).


Questões preliminares


A. Como André Luiz define divórcio?

Divórcio é uma edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

B. Qual é, no tocante ao casamento, o verdadeiro significado da palavra “amar”?

Segundo André Luiz, amar não é apenas fantasiar, mas, acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas. Ocorre que muitas pessoas só entendem isso tardiamente. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

C. Como interpretar a frase “Fora da caridade não há salvação”?

Esta frase não é apenas um lema, uma fachada, pois expressa, na essência, o pensamento vivo da Doutrina Espírita, que no-la confia por síntese dos postulados do Cristo, recordando-nos que a caridade não existe para ser usada contra os homens, mas sim a favor da Humanidade. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)


Texto para leitura


95. Casamento e divórcio – Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

96. A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

97. Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

98. Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

99. Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência. Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. Sogro e sogra, cunhados e tutores consanguíneos são também sócios comanditários, cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo na feição de interessados no ajuste, reclamando cotas de sacrifício. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

100. O tempo, que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

101. Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas, acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

102. Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

103. Divulguemos o princípio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

104. Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus. (Sol nas Almas: capítulo 10 – Casamento e divórcio.)

105. Nascer, viver e morrer bem – "Fora da caridade não há salvação" seria simplesmente uma fachada histórica da Codificação Kardequiana? A resposta negativa surge automática. Essa legenda constará, sem dúvida, de pórticos e flâmulas, mas, na essência, é pensamento vivo da Doutrina Espírita que no-la confia por síntese dos postulados do Cristo, recordando-nos que a caridade não existe para ser usada contra os homens, e sim a favor da Humanidade. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)

106. A virtude máxima não consistirá, exclusivamente, na preocupação de alimentar o estômago daquele que sente fome, mas também para que se lhe aprimorem as qualidades inatas de trabalhador, e se eleve ao nível dos que produzem a benefício da comunidade, provendo, em consequência, as próprias carências. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)

107. Não atenderemos ao sublime princípio, apenas induzindo o companheiro de alma entorpecida no ateísmo ou na indiferença a cultivar o facho ardente da fé nos Poderes Superiores que governam a vida e sim igualmente a cooperar com ele no desenvolvimento do raciocínio, ajudando-o na aquisição do discernimento justo à frente do bem e do mal, de modo a não desertar da responsabilidade de viver, sentir, falar e atuar, perante as Leis Divinas. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)

108. Eis a razão por que a tarefa primordial do Espiritismo não se fundamentará em condenar tacitamente os erros dos outros, mas ergue-se em instituto natural de orientação e corrigenda, inspirando-nos a acertar sempre mais com a verdade que nos fará livres da ignorância. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)

109. Também não se apoiará em abraçar cegamente todos os desejos dos semelhantes, a pretexto de lhes açucararmos a existência, mas levanta-se em escola de compreensão e fraternidade dentro da qual aprenderemos a amar com equilíbrio e proveito. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)

110. Caridade é socorrer o próximo sem esquecer de lhe valorizar e ampliar as faculdades positivas para que o próximo preencha as finalidades a que se encontra destinado pelos objetivos da vida. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.)

111. É auxiliar a outrem não só para a remoção de necessidades e obstáculos, mas, acima de tudo, para que a pessoa auxiliada se faça mais útil e mais nobre em si, porque todas as criaturas vivem na carne para morrer bem e renascer sempre melhores. Tal é a lei. (Sol nas Almas: capítulo 11 – Nascer, viver e morrer bem.) (Continua no próximo número.)
 


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita