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por Altamirando Carneiro

  

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Aproximava-se a tempestade e os discípulos estavam sem Jesus por perto, porém o Mestre foi ao encontro deles, andando em cima das águas. Logo em seguida, chegaram, sem maiores problemas, a um porto seguro.

Também nós fazemos uma viagem fantástica. Nascemos nas circunstâncias que, se nem sempre são as melhores no nosso conceito, sempre são as mais adequadas às nossas necessidades evolutivas.

Caminhamos por caminhos ora fáceis, ora cheios de espinhos. Experiências amargas muitas vezes nos visitam, tornando-nos a jornada difícil.  Algumas vezes a cruz nos parece pesada, além das nossas forças. Temos o coração cheio de amor, queremos fazer as coisas certas, mas, por mais que lutemos, acabamos vivenciando inesperados revezes.

Procurando conquistar os outros através da palavra, muitas vezes recebemos em troca resposta oposta ao que intencionávamos. Nossos gestos de carinho por vezes atraem a aspereza. Na doação de amor, encontramos amiúde a indiferença. No nosso íntimo sabemos que não somos tão maus assim, mas a incompreensão teima em nos visitar.

Sem dúvida, a vida por vezes nos traz tempestades inesperadas, todavia é nelas que se mede a firmeza do timoneiro. Se lutarmos a boa luta, nos engrandeceremos com valores espirituais só encontrados nas grandes almas. É para este porto seguro que a luta nos campos dos valores contrários nos conduz. É na vivência do relacionamento difícil que vamos apreendendo a respeitar a personalidade dos outros, sem lhes negarmos amor. Na ingratidão, aprendemos a perdoar. Na ausência do amor, aprendemos a nos doar sem exigir correspondência.

A estrada poderá ter seus obstáculos que crescerão muito aos nossos olhos se, como discípulos, não tivermos Jesus por perto. Nas horas amargas, mesmo que seja forte a tempestade, Ele sempre terá poderes para caminhar por meio dela e nos visitar e, com a paz de sua presença, levar-nos ao porto da conquista de nós mesmos.

O Mestre retribui-nos com seu amor, por todo o amor que tivermos distribuído ao longo de nossa caminhada. Embala-nos quando nos sentirmos sozinhos em meio à incompreensão. Estimula-nos para que deixemos a posição de carentes e penetremos o mundo maravilhoso de seus colaboradores.
Senhor dos átomos e pedagogo das almas segurar-nos-á pela mão e, preenchendo todas as nossas carências, amainará as tempestades, pedindo-nos apenas que não abdiquemos de Seus ensinamentos, que sintetizou em apenas um: Amai-vos uns aos outros.... Tudo o mais, como Ele disse, ser-nos-á dado por acréscimo.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita