Sol nas
Almas
Parte 7
Continuamos a apresentar o estudo do livro Sol nas
Almas, obra de autoria de André Luiz, psicografada
pelo médium Waldo Vieira e publicada originalmente pela
Comunhão Espírita Cristã de Uberaba (MG).
Questões preliminares
A. De que forma devemos atender os que padecem provações
dolorosas?
Amparando e esclarecendo.
Que adianta falar da Misericórdia Divina a um homem em
desespero que acaba de ver um filho triturado sob as
rodas de um carro, sem ajudá-lo com os princípios da
reencarnação? E de que vale situar o companheiro em
penúria exclusivamente na prece, abandonando-o à própria
miserabilidade sem a mínima atenção, no sentido de
ampará-lo na solução de um só dos problemas que lhe
amargam a vida? (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
B. Ante os que perderam a fé, como ajudar?
É preciso, antes de tudo,
ouvir-lhes as queixas e registrar-lhes as perplexidades,
entendendo-nos com eles, através de nossos próprios
exemplos, de nossas próprias vidas, sem exigir que
outros façam a nossa parte na obra de construção e
reconstrução que o Evangelho nos preceitua cumprir.
Pregar sim, mas escutar; aconselhar sempre, mas
igualmente fazer. Agir, edificando. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
C. A respeito do ideal espírita que diz André Luiz?
Diz ele que podemos
cultivar os mais diversos ideais na casca das
experiências necessárias e transitórias da carne,
entretanto, para que se façam valores reais da vida, na
Terra ou noutros mundos, é forçoso que o ideal espírita
permaneça como sendo a essência de todos eles,
sustentando-lhes a movimentação e a beleza por baliza de
luz. Por exemplo, referindo-se ao ideal de saber: o
ideal espírita exalça a cultura não para ilhar a
personalidade na hegemonia da inteligência e sim para
favorecer a educação de todos. (Sol
nas Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.)
Texto para leitura
112. Doença da
alma – Assunto difícil, nuvem que se agiganta,
ampliando terreno: o ateísmo. Nós, os espíritas, ou mais
propriamente os cristãos incumbidos de entregar à Terra
a luminosa mensagem da imortalidade, perguntamo-nos,
ansiosos, pela causa disso. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
113. Tanta ideia
santificante, tanta demonstração de vida eterna e por
que o avanço das trevas de espírito? Esta, a síntese dos
monólogos desencorajadores a que nos damos, anestesiados
pela crença inoperante com que arbitrariamente nos
dispensamos da responsabilidade de viver, a isolar-nos
na antevisão de um paraíso imaginário, para além da
morte, que existe apenas em função de nossa fantasia. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
114. Todavia, indaguemos
da lógica, acerca da verdade, e a lógica nos dirá que
não nos achamos — lidadores encarnados ou desencarnados
— na ribalta do mundo para solilóquios desnecessários. O
próprio Cristo esteve na Terra em função do diálogo,
ouvindo, anotando, providenciando, respondendo. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
115. Nós que cremos nas
realidades do espírito, que damos de nós a benefício dos
que não creem para serem crentes? (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
116. Que adianta falar da
Misericórdia Divina a um homem em desespero que acaba de
ver um filho triturado sob as rodas de um carro, em
doloroso acidente, sem ajudá-lo com os princípios da
reencarnação? (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
117. De que vale situar o
companheiro em penúria exclusivamente na prece
abandonando-o à própria miserabilidade sem a mínima
atenção, no sentido de ampará-lo na solução de um só dos
problemas que lhe amargam a vida? (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
118. Certo que é preciso
exaltar a Bondade de Deus e proclamar os méritos da
oração, sempre e em toda parte, mas não será mentir às
próprias leis do Senhor restringir-nos à frase e à
postura piedosas, como alguém que estivesse num
banquete, louvando os manjares que saboreia, sem
estender migalha ao pedinte que enlanguesce de fome?(Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
119. Se somos sinceros,
ao lamentar a descrença e a incerteza dos nossos irmãos
que perderam a fé, saibamos, antes de tudo, ouvir-lhes
as queixas e registrar-lhes as perplexidades,
entendendo-nos com eles, através de nossos próprios
exemplos, de nossas próprias vidas, sem exigir que
outros façam a nossa parte na obra de construção e
reconstrução que o Evangelho nos preceitua cumprir. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
120. Pregar sim, mas
escutar; aconselhar sempre, mas igualmente fazer. Agir,
edificando. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
121. Materialismo é
doença da alma. Ninguém duvide disso. Convenhamos,
porém, que quanto mais progride a Humanidade mais a
medicina se aperfeiçoa, não assumindo atitudes
marginais, mas ouvindo e dialogando com doenças e
doentes. (Sol
nas Almas: capítulo 12 – Doença da alma.)
122. Ideal espírita –
Tantos ideais vicejam no mundo! Entre eles, porém,
brilha o ideal espírita por alvo das mais altas
aspirações. (Sol
nas Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.)
123. Ideal de ganhar. O
ideal espírita ensina a conquistar os recursos da vida
na base da reta consciência não para exaltar a ambição,
mas para assegurar a propriedade por fonte de amparo
mútuo. (Sol nas
Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.)
124. Ideal de saber. O
ideal espírita exalça a cultura não para ilhar a
personalidade na hegemonia da inteligência e sim para
favorecer a educação de todos. (Sol
nas Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.)
125. Ideal de trabalhar.
O ideal espírita encarece o rendimento do tempo e das
possibilidades de cada criatura, não para legitimar os
abusos da posse e sim para que o bem comum seja
incessantemente acrescentado. (Sol
nas Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.)
126. Ideal de amar. O
ideal espírita destaca o imperativo do amor como sendo
alimento da alma, não para que a ternura se erija qual
privilégio de oásis fechado, em nome do lar, mas para
que a fraternidade se transforme em felicidade geral. (Sol
nas Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.)
127. Podemos cultivar os
mais diversos ideais na casca das experiências
necessárias e transitórias da carne, entretanto, para
que se façam valores reais da vida, na Terra ou noutros
mundos, é forçoso que o ideal espírita permaneça como
sendo a essência de todos eles, sustentando-lhes a
movimentação e a beleza por baliza de luz. (Sol
nas Almas: capítulo 13 – Ideal espírita.) (Continua
no próximo número.)