Transtornos
Psiquiátricos e
Obsessivos
Parte 8
Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do
livro Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos,
obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda,
psicografada por Divaldo Franco no ano de 2008.
Questões preliminares
A. No convite feito por Jacques Verner ao dr. Inácio
Ferreira e a dr. Juliano Moreira, Maria Modesto, José
Petitinga e Manoel Philomeno, que contribuição era
esperada pelos dirigentes da clínica?
A contribuição aguardada era a
implantação de novo mecanismo de recuperação da saúde
mental e emocional, bem como a instalação do
procedimento espírita-cristão na Instituição. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
B. Que terapêutica oferece o Espiritismo em face das
aflições e dos padecimentos que acometem o espírito
humano?
O Espiritismo, Ciência de libertação de consciências e
de vidas, trabalha na causa das aflições que aturdem o
espírito humano, no seu processo de crescimento moral.
Penetrando sua sonda de investigação no âmago do ser,
identifica as razões geradoras dos seus padecimentos e
oferece-lhe uma terapêutica especial – a terapêutica da
regeneração moral para que desapareçam as raízes do mal
em predominância. Ao mesmo tempo, a sua proposta cristã
de caridade constitui o seguro suporte para os
resultados felizes em quaisquer tentames de natureza
socorrista. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
C. É verdade que exemplos falam mais alto que as
palavras no processo de convencimento da criatura
humana?
Sim. No tocante à disseminação da proposta espírita,
convence-se mais pelo exemplo do que pelas palavras,
exceção feita em algumas circunstâncias, quando o
conhecimento profundo faz-se incontestável. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
Texto para leitura
71. Jacques Verner fez ligeira pausa e, porque nenhuma
pergunta lhe fosse dirigida, informou: "Convidamos o
experiente amigo Dr. Inácio Ferreira e a digna médium
Sra. Maria Modesto Cravo, com valiosa experiência
adquirida no Hospital Espírita de Uberaba, quando nele
trabalharam com afinco e dedicação incomuns, por longos
e proveitosos anos, tendo-se em vista as dificuldades e
gravames da época, para que nos auxiliem na instalação
do novo mecanismo de recuperação da saúde mental e
emocional. Concomitantemente, convidamos, também, o
nobre Dr. Juliano Moreira, paladino da terapia do amor e
da ternura ao lado dos recursos médicos necessários, bem
como o venerando José Petitinga e o irmão Manoel
Philomeno de Miranda, que se especializaram na prática
da desobsessão, para que nos uníssemos, em uma equipe
especializada, para a instalação do procedimento
espírita-cristão em nossa Instituição. Pensamos em rogar
ao nobre benfeitor que nos conceda o aval indispensável
à programação, intercedendo junto ao Sublime Terapeuta,
em nosso favor, para que nos dignifique com as suas
bênçãos". (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
72. A fala do amigo fez com que Manoel Philomeno ficasse
profundamente sensibilizado, pois ele nunca participara
de uma solicitação dessa natureza, da maneira honrosa
como era apresentada e do clima de elevação em que
transcorria a reunião com o sábio Mentor. Na sequência,
ante uma pergunta que lhe foi endereçada, o anfitrião
informou: "Graças à Doutrina Espírita, dispomos de um
grupo seleto de trabalhadores da mediunidade, que nos
vem auxiliando nos estudos e na aplicação dos passes,
que se encontra equipado de recursos de amor e de
abnegação para o programa. Demonstrando fidelidade ao
dever, caracterizam-se todos pela seriedade com que se
entregam ao ministério mediúnico, portadores de afeto
pelos irmãos alienados. Alguns deles iniciaram o seu
labor mediante as obsessões que os aturdiam,
recuperando-se com o beneplácito do Divino Médico e o
correspondente esclarecimento das suas antigas vítimas,
naquela ocasião, em condição de algozes infelizes...
Outros, dominados pela certeza da lídima fraternidade
entre os dois planos, oferecem-se com carinho, porque
sabem quanto podem ser úteis aos irmãos perturbados pela
ignorância e pela loucura da cobrança, ajudando-os a
sair dos labirintos do ódio... Por outro lado, um bom
grupo de psicoterapeutas para desencarnados,
companheiros que sabem dialogar e compreender as
aflições desses espíritos, igualmente se encontra
disposto a participar do labor. Consultados,
oportunamente, quando desdobrados parcialmente pelo sono
fisiológico, todos, que foram convocados, demonstraram
entusiasmo e alegria em poder servir”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
73. Assim informado, o Mentor espiritual da clínica, com
serenidade comovedora, explicou: "O Espiritismo, sem
dúvida, é uma Ciência de libertação de consciências e de
vidas, por trabalhar na causa das aflições que aturdem o
espírito humano, no seu processo de crescimento moral e
de significação individual. Penetrando a sua sonda de
investigação no âmago do ser, identifica as razões
geradoras dos seus padecimentos e oferece-lhe a
terapêutica especial da regeneração moral para que
desapareçam as raízes do mal em predominância. Ao mesmo
tempo, a sua proposta cristã de caridade constitui o
seguro suporte para os resultados felizes em quaisquer
tentames de natureza socorrista. Oferecê-lo ao
pensamento terrestre é dever de todos aqueles que, nas
suas fecundas lições de sabedoria, encontramos o pão de
vida e o encorajamento para o avanço libertador. Não
será exclusivamente por meio do ensino, da exposição das
teses robustas de que dispõe, mas, sobretudo, mediante o
exemplo de abnegação e de lucidez em favor da sociedade
em desalinho, mantendo o alto padrão moral de conduta e
a saudável postura de discípulo de Jesus em todas as
circunstâncias, sem o acumpliciamento com o mal e a
desordem que campeiam volumosos”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
74. Na sequência, o Mentor disse que a seriedade no
trato com a aplicação da Doutrina, na vivência e na
operação da fraternidade, chamará a atenção para os seus
valiosos conteúdos iluminativos, defluentes da lógica e
da razão, despertando o interesse daqueles que o
desconhecem, que identificarão os excelentes frutos da
sua árvore abençoada mediante os atos dos seus
profitentes. Convence-se mais pelo exemplo do que pelas
palavras, exceções feitas em algumas circunstâncias,
quando o conhecimento profundo faz-se incontestável. Aos
espíritas, portanto, está confiada a tarefa de projetar
a luz mirífica da imortalidade nas densas sombras do
materialismo terrestre, orientando as consciências
obnubiladas pela ignorância dos seus postulados, assim
como demonstrando a sua excelência pela conduta feliz
que se permitem. Segundo suas palavras, as alienações
mentais de qualquer espécie decorrem sempre dos gravames
morais daqueles que delinquem, na atual ou em existência
pregressa. As matrizes dos seus compromissos infelizes
fixam-se no perispírito que as transfere para o corpo
somático, dando lugar aos distúrbios de natureza
orgânica, psicológica ou mental, ou se transformam em
tomadas para a fixação dos pingues vibratórios dos seus
adversáriosespirituais, aqueles que lhes sofreram os
prejuízos, a prepotência, o crime. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
75. Prosseguiu o benfeitor espiritual: “Como ninguém
foge de si mesmo, da própria consciência, a culpa
gravada no cerne do ser faculta a sintonia com os
adversários em relação aos quais tem dívidas a acertar.
É natural, portanto, que essa ciência religiosa e
filosófica contribua de fato, em favor da saúde
espiritual de todos aqueles que se encontram incursos
nos soberanos códigos da Divina Justiça. Trabalhando com
o ser integral e não apenas com uma parte dele, o
Espiritismo possui os inestimáveis recursos para
propiciar o bem-estar e o equilíbrio do candidato à paz
e à iluminação. Desse modo, consideramos de muita
utilidade à proposta que nos é apresentada, e, sem
restrição de qualquer natureza, anuímos em participar
das atividades terapêuticas em vista, a serem aplicadas
ao primeiro ensejo. Entregando-nos ao comando do Divino
Médico das almas, trabalhemos conscientes das nossas
responsabilidades, elegendo o dever como caminho, a
humildade como recurso indispensável e a caridade como
ferramenta de luz para a execução da obra em pauta”.(Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
76. O benfeitor silenciou momentaneamente e, enquanto se
aureolava de peregrina luminescência, derramando
magnetismo que inundava a sala de vibrações dulçurosas,
encerrou a entrevista, asseverando: “O Pai Celestial
jamais nega ao filho aquilo que lhe é imprescindível à
felicidade, sempre lhe propiciando os recursos hábeis
para consegui-la. Jesus ensinou-nos a pedir-Lhe com
humildade e submissão de amor. É o que fazemos no
silêncio dos nossos corações e nas vibrações das nossas
mentes, submetendo-nos à Sua superior vontade em todas
as circunstâncias. Estai certos de que as vossas
propostas de caridade serão levadas a instância
superior, e envidaremos esforços pessoais para que os
projetos atuais sejam transformados em ação edificante
para o bem de todos. Que o Senhor da vida a todos nos
abençoe e vos conduza no cumprimento do dever de
fraternidade e amor que vos anima. Ide, pois, em paz!”(Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
77. Feitas as despedidas, o percurso de retorno ao local
em que a equipe socorrista estava alojada foi feito em
silêncio e reflexão, em face da responsabilidade que
assumiam todos perante o Mentor da clínica, verdadeiro
exemplo de amor e de abnegação, o qual poderia estar
desfrutando das excelências da paz, em decorrência das
suas conquistas terrenas e dos seus labores fora do
corpo. Nada obstante, continuava no trabalho de
dedicação aos menos afortunados, de socorro aos
alienados que, de alguma forma, somos a grande maioria
na sociedade terrestre e também fora dela, com otimismo
e ternura. Certamente que o Reino dos Céus está no
íntimo de cada um e o trabalho é a moeda de felicidade
que mais enriquece a todos que se lhe entregam. Manoel
Philomeno reflexionou então: - Como seria possível um
paraíso constituído pela indiferença dos seus habitantes
privilegiados, em relação ao sofrimento de bilhões de
seres encarnados no planeta em expectativas sombrias, em
dores lancinantes, em tormentos incomparáveis, assim
como de muitos mais que vagueiam na ignorância no mundo
espiritual? Como poderia ser o amor tão frio em relação
aos infelizes, quando aquele que o vivenciava, não
mantinha compaixão nem sentia a necessidade de ser
solidário com os desditosos, de socorrê-los, de
inspirá-los? (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.) (Continua
no próximo número.)