Conduta
espontânea
Não basta a conduta
externa. Não basta a
aparência. Antes da
conduta exterior, temos
de reformar a nossa
conduta interna,
modificar nossos hábitos
mentais e verbais. É
uma questão de fundo e
não de forma. Portanto,
são inúteis as
proibições: não fazer
isso, não fazer aquilo,
se o coração não estiver
limpo.
A pureza que o
Espiritismo propõe, e
por isso mesmo é
confundida, é a pureza
interior, que deve reger
as nossas atitudes, ao
invés de ficarmos
esperando que uma
conduta artificial nos
purifique. Os
ensinamentos da Doutrina
Espírita são os mesmos
de Jesus, quando repelia
os formalismos da
hipocrisia farisaica.
Querer formalizar nosso
comportamento no
artificialismo é
voltarmos ao passado e o
espírita esclarecido
sabe que isso não
contribui em nada.
Toda exterioridade sem
raízes no coração é
inútil e é até
compreensível que,
devido às heranças do
passado, um grande
número de pessoas se
apegue ao formalismo,
porém, cabe aos
dirigentes esclarecidos,
principalmente os
dirigentes das
instituições espíritas,
orientarem essas almas
frágeis, no sentido de
tornarem a sua conduta
social do dia a dia
condizente com os
ensinamentos da moral
espírita.
Estamos agora no lugar
certo, com as pessoas
certas, diz a mensagem
mediúnica. Ora, se temos
consciência dessa
verdade intemporal e se
conseguimos também
entender a questão da
reencarnação como a
nossa possibilidade de
reparar os erros e os
vícios do passado, é
evidente que devemos
aproveitar essa
oportunidade para romper
com tudo o que
representa cultos
exteriores e
formalismos.
Acreditar que a nossa
evolução se dá através
de abstenções e atitudes
falsas é enganar a nós
mesmos e aos outros, o
que é muito grave.
Somos o que somos e se
já conseguimos
reconhecer com
sinceridade as nossas
deficiências morais,
estamos no caminho certo.
Do contrário, "seremos semelhantes
aos sepulcros caiados,
que por fora realmente
parecem formosos, mas
interiormente estão
cheios de ossos de
mortos e de toda
imundícia", como lembrou
Jesus, em palavras
registradas no Evangelho
de Mateus, 23:27.
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