Adão
tinha tudo para dar
certo...
Muitas pessoas acham que
sua vida não vai bem por
causa dos outros,
mas isso quase nunca é
verdade – na maioria das
vezes, não vai bem ou
não dá certo por nós
mesmos.
O primeiro casal criado
por Deus, segundo a
Bíblia, foi “contratado”
para tomar conta do
paraíso, e não deu certo.
Eram somente os dois.
Não tinham sogra ou
parentes, não tinham
vizinhos e não
precisavam cumprir os
dez mandamentos: “Honra
a teu pai e a tua mãe,
para que se prolonguem
os teus dias na terra
que o Senhor, teu Deus,
te dá”; “Não matarás”;
“Não adulterarás”; “Não
furtarás”; “Não dirás
falso testemunho contra
o teu próximo”; “Não
cobiçarás a casa do teu
próximo; não cobiçarás a
mulher do teu próximo,
nem o seu servo, nem a
sua serva, nem o seu
boi, nem o seu jumento,
nem coisa alguma do teu
próximo”.
Eles estavam “garantidos
no emprego”, pois não
tinham concorrentes; era
só não comer do fruto da
árvore da sabedoria, ou
árvore do conhecimento
do bem e do mal, ou
árvore da ciência.
(Um parêntese: além
dessas singularidades,
também não tinham
umbigo... Seria mais
bonito não tê-lo? O
umbigo serve para que,
após o nascimento?)
Quando Deus criou o
jardim do Éden, Ele fez
crescer nela todo tipo
de árvore com fruta boa
para se comer. No meio
do jardim, colocou a
árvore do conhecimento
do bem e do mal. Ele
deixou o homem comer do
fruto de todas as
árvores que quisesse,
exceto desta. Se o homem
provasse desse fruto,
neste dia morreria
(Gênesis, 2:16-17).
Mas Adão não resistiu e,
junto com sua mulher,
comeu do fruto proibido
e foi “dispensado por
justa causa” do paraíso.
Teriam agora que comer
com o trabalho e com o
suor do próprio rosto.
Imagine você se Eva e
Adão não tivessem
cometido o primeiro
“pecado”... Nós não
teríamos aprendido,
porque errar é aprender.
Imagine no paraíso
somente comendo e
bebendo: seríamos
verdadeiros animais, não
desenvolveríamos a
inteligência e seríamos
roliços como o porco.
Adão e Eva viviam,
anteriormente, como
favorecidos. Há certas
pessoas que também vivem
assim na Terra, mas,
diferentemente do
primeiro casal, vivem
bem por mérito próprio.
É um grupo privilegiado,
uma “panelinha” de
pessoas que está quase
sempre feliz, não por
serem ricas, mas por
serem gratas, por
acreditarem que
receberam de Deus tudo
de que precisavam, e por
se acharem também
responsáveis por seu
destino – junto com o
Criador. É um grupo de
abençoados, cumprindo a
lei divina e vivendo
coisas boas, não
materialmente, mas
emocional e
espiritualmente. Tente
segui-las, porque você
vai se dar bem.
Ah! E observe também
aquele grupo que vive
distante de Deus, e que
leva uma vida sofrida,
uma vida de lamentar-se,
de vitimizar-se, de
culpar os outros e de
autoenganar-se... Evite
viver como essas pessoas.
Não as siga, para não
sofrer como elas (podemos
aprender muito com os
erros alheios). E, se
necessário, estenda a
mão para auxiliar as
pessoas que ainda estão
equivocadas no mal.
Arnaldo
Divo Rodrigues de
Camargo é editor da
Editora EME.
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