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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

  

Adão tinha tudo para dar certo...


Muitas pessoas acham que sua vida não vai bem por causa dos outros, mas isso quase nunca é verdade – na maioria das vezes, não vai bem ou não dá certo por nós mesmos.

O primeiro casal criado por Deus, segundo a Bíblia, foi “contratado” para tomar conta do paraíso, e não deu certo.

Eram somente os dois. Não tinham sogra ou parentes, não tinham vizinhos e não precisavam cumprir os dez mandamentos: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”; “Não matarás”; “Não adulterarás”; “Não furtarás”; “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”; “Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”.

Eles estavam “garantidos no emprego”, pois não tinham concorrentes; era só não comer do fruto da árvore da sabedoria, ou árvore do conhecimento do bem e do mal, ou árvore da ciência.

(Um parêntese: além dessas singularidades, também não tinham umbigo... Seria mais bonito não tê-lo? O umbigo serve para que, após o nascimento?)

Quando Deus criou o jardim do Éden, Ele fez crescer nela todo tipo de árvore com fruta boa para se comer. No meio do jardim, colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele deixou o homem comer do fruto de todas as árvores que quisesse, exceto desta. Se o homem provasse desse fruto, neste dia morreria (Gênesis, 2:16-17).

Mas Adão não resistiu e, junto com sua mulher, comeu do fruto proibido e foi “dispensado por justa causa” do paraíso. Teriam agora que comer com o trabalho e com o suor do próprio rosto.

Imagine você se Eva e Adão não tivessem cometido o primeiro “pecado”... Nós não teríamos aprendido, porque errar é aprender. Imagine no paraíso somente comendo e bebendo: seríamos verdadeiros animais, não desenvolveríamos a inteligência e seríamos roliços como o porco.

Adão e Eva viviam, anteriormente, como favorecidos. Há certas pessoas que também vivem assim na Terra, mas, diferentemente do primeiro casal, vivem bem por mérito próprio. É um grupo privilegiado, uma “panelinha” de pessoas que está quase sempre feliz, não por serem ricas, mas por serem gratas, por acreditarem que receberam de Deus tudo de que precisavam, e por se acharem também responsáveis por seu destino – junto com o Criador. É um grupo de abençoados, cumprindo a lei divina e vivendo coisas boas, não materialmente, mas emocional e espiritualmente. Tente segui-las, porque você vai se dar bem.

Ah! E observe também aquele grupo que vive distante de Deus, e que leva uma vida sofrida, uma vida de lamentar-se, de vitimizar-se, de culpar os outros e de autoenganar-se... Evite viver como essas pessoas. Não as siga, para não sofrer como elas (podemos aprender muito com os erros alheios). E, se necessário, estenda a mão para auxiliar as pessoas que ainda estão equivocadas no mal.

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME.

  

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita