Depressão e suicídio
A depressão conhecida na antiguidade como “melancolia”
é, hoje, um fator preocupante para a prevenção do
suicídio. A campanha do Setembro Amarelo foi instituída
pela OMS desde 2003, acendendo a cada ano, o “sinal
vermelho” para os trabalhos de esclarecimento quanto à
gravidade desses casos. As estatísticas são alarmantes:
a cada 40 segundos, um ser humano comete esse desatino
e, por ano, 800.000 pessoas eliminam a vida no mundo.
Segundo ainda dados da OMS (2017), a depressão acomete
cerca de 350 milhões de pessoas, aproximadamente 4,60%
da população do mundial, o que enseja as medidas
preventivas que são promovidas. Precisamos entender que
o suicida não quer morrer. Ele deseja de forma ilusória
libertar-se dos seus problemas... A vida sendo vista
somente no âmbito material inibe o despertar para a
consciência plena da verdadeira existência que
transcende o corpo físico por sua essência espiritual.
A Doutrina Espírita esclarece bem fundamentada a
imortalidade do Espírito. Somos reféns do arquétipo de
vidas passadas e as imperfeições que ainda carregamos
são as causas dos efeitos danosos que nos acometem.
Enquanto não nos debruçarmos nas raízes do nosso “eu”,
não lograremos êxito nessa busca incessante do real
sentido da vida. A luta maior que travamos é com o nosso
“interior desconhecido...”. Na questão 944 De O Livro
dos Espíritos, consta: “O homem tem o direito de dispor
da sua própria vida”? – “Não; somente Deus tem esse
direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa
lei.”
No livro Vitória Sobre a Depressão, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, temos: “(...) podemos asseverar que na maioria
dos transtornos depressivos,
as causas apresentam-se como de natureza espiritual”.
Temos, ainda, no livro O Homem Integral, pelo
mesmo Espírito e autor, no Capítulo 9, Ódio e Suicídio:
“(...) O ódio é o filho predileto da selvageria... (...)
Quando não pode descarregar as energias em descontrole
contra o opositor, volta-se contra si mesmo articulando
mecanismos de autodestruição, graças aos quais se vinga
da sociedade que nele vige.
A mente insana propicia campo vibratório denso e
negativo ensejando processos obsessivos
condicionando-nos às enfermidades. Enfim, no Espírito
enfermo encontra-se a gênese das doenças do corpo que
são consequências das mazelas da alma.
Há inúmeros tratamentos para a depressão, dentre eles a
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), do psicanalista
americano Aaron Temkin Beck. Contudo, se não abordarmos
essas enfermidades concebendo o homem de forma holística,
tratando essencialmente a alma, jamais teremos o êxito
almejado.
A medicina de hoje já tem um entendimento dessa
abrangência e, quando essa tendência tornar-se mais
ampla, certamente os resultados serão muito mais
promissores. Segundo o Dr. Edwin Schneidman,
psicanalista americano: “o suicídio precisa ser debatido.
No silêncio ele cresce”. (A pureza dos pensamentos
enobrece as atitudes.)
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