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por Anselmo Ferreira Vasconcelos

 
Comprometimento com Deus


Muitas pessoas têm dificuldades de divisar o que se espera delas na grande e sábia escola da vida. Uma parte substancial da humanidade certamente enfrenta os dias de forma mecânica, quase automática, sem reflexões mais profundas.... Desse modo, vão da casa para o trabalho e vice-versa sem cogitar muito mais a respeito. São seres com grande dificuldade de elevar o pensamento, de considerar o elemento transcendente em suas vidas, de sequer entender a finalidade da existência. Os anos vão se passando e o indivíduo não avança para além da rotina monocórdica.

Todavia, há outros que parecem ter nascido para alcançar as realizações pessoais. Tudo o que fazem dá certo; seus empreendimentos são bem-sucedidos, suas iniciativas são vitoriosas. Aparentemente não conhecem o fracasso. Mas chega um dia em que as coisas saem da linha e os reveses os atingem. Outros tantos são dotados de grande capacidade intelectual, mas usam a sua inteligência de maneira perversa e destrutiva. Definitivamente, suas criações e ideias não visam ao bem-estar dos seus semelhantes.

Seja qual for a taxonomia adotada, o fato é que a vida nos proporciona uma oportunidade ímpar de encontrarmos um propósito, e, através dele, de servirmos a Deus – o nosso Criador. Afinal de contas, existimos por causa da sua bondade inesgotável. Portanto, nada mais racional do que nos alinharmos a ele e, assim, cooperarmos em suas obras. Desse modo, em vez de abraçarmos as estradas da perdição, malbaratando recursos notáveis concedidos pela divindade, é melhor nos autoquestionarmos a respeito do que estamos fazendo com as nossas vidas.

De modo geral, todos nós podemos e devemos pôr em prática esse simples exercício se, de fato, a noção de Deus tem algum valor para nós. Em caso negativo, não há muito a fazer a não ser aguardar a hora das experiências acerbas. Elas certamente nos envolverão como imperativos normais da vida. Obviamente, o nosso despreparo em lidar com o imponderável provavelmente irá torná-las mais amargas. Mas se já fomos agraciados com um quinhão de entendimento, então, cabe-nos maximizar a oportunidade para o nosso próprio bem.

A esse respeito, o Espírito Emmanuel, na obra Fonte Viva (psicografia de Francisco Cândido Xavier) explica que “Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrirmos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno”. A orientação é segura e repleta de sabedoria. O referido benfeitor ainda nos conclama a considerar “Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo”.

Em outras palavras, o Pai espera de nós atitudes altruístas, conduta ilibada, sensibilidade e empatia. Adotando a premissa do bem como bússola temos muito a contribuir e cooperar na Criação. Ademais, se estamos realmente comprometidos com Deus, então, o caminho é esse.

  

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita