Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Casimiro Cunha

 
Esperança


Repara a luz da esperança

Sempre viva, sempre acesa,

Fulgindo sem descansar

Na bênção da Natureza.


A terra aguarda a semente

E a semente a floração.

Para a vitória do fruto

Em graça, beleza e pão.

 

O ninho da tempestade,

Ante a fúria que o balança,

Espera, silencioso,

Que o céu retorne à bonança.

 

Pedras aguardam buril

Para brilharem ditosas,

E o charco espera socorro

Para esmaltar-se de rosas.

 

O inverno rígido e triste,

Embora a engelhar-se, espera

O sol quente e generoso

Que virá na primavera.

 

Assim, também no caminho,

Se o pó da mágoa te alcança,

Não te mergulhes na queixa,

Nem percas a confiança.

 

Há vozes da experiência

Na dor que te dilacera...

Diz a vida: "Ama e confia!..."

Diz o tempo: “Espera, espera...”

 

"Para quem cala Deus fala",

Ensina velho rifão.

Espera com Deus, que o tempo

É o mestre do coração.

 

Do livro Assembleia de Luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita