Chico
Xavier e Marilyn Monroe
Interessa-me o futuro
porque é o lugar onde
vou passar o resto de
minha vida. Woody
Allen (escritor,
comediante e diretor de
cinema)
Chico Xavier começou a
prática mediúnica em
1927, e, na vida
profissional, se
aposentou em 1961, no
terceiro emprego que
teve, no qual trabalhou
por 30 anos sucessivos
sem licença e sem férias,
embora a moléstia nos
olhos, de mais de vinte
anos, lhe conferisse por
lei o afastamento do
serviço regular. Então
teve mais tempo para
dedicar-se à doutrina
espírita.
Em 1965 esteve em visita
aos Estados Unidos ao
lado do médium e médico
Waldo Vieira, parceiros
na Comunhão Espírita
Cristã, em Uberaba-MG.
Na bagagem de volta
dessa viagem trouxe uma
entrevista feita pelo
Espírito Humberto de
Campos com a artista
desencarnada Marilyn
Monroe.
A carta psicografada por
Chico Xavier desvenda
alguns mistérios da
Marilyn. Ela cometeu
suicídio? Quem eram seus
algozes?
Marilyn Monroe, 36
anos (nome
artístico de Norma Jeane
Mortenson; Los
Angeles, 1º de junho de
1926 - Los Angeles, 5 de
agosto de 1962), foi uma
das mais
célebres atrizes
norte-americanas. E uma
das mais famosas
estrelas de cinema de
todos os tempos, um
símbolo de sensualidade
e um ícone de
popularidade no século
XX.
Indagada pelo Espírito
Humberto de Campos se
aceitaria responder
algumas perguntas para
os brasileiros, disse:
– Quem gostaria de
acolher um grito de dor?
– A dor instrui...
– Fui mulher como tantas
outras e não tive tempo
e nem disposição para
cogitar de filosofia.
– Mas fale mesmo
assim....
– Bem, diga então às
mulheres que não se
iludam a respeito de
beleza e fortuna,
emancipação e sucesso...
Isso dá popularidade e a
popularidade é um
trapézio no qual raras
criaturas conseguem dar
espetáculos de grandeza
moral, incessantemente,
no circo do cotidiano.
– Miss Monroe –
considerei, encantado,
em lhe ouvindo os
conceitos –, devo
asseverar-lhe, não sem
profunda estima por sua
pessoa, que o suicídio
não lhe alterou a
lucidez.
– A tese do suicídio não
é verdadeira como foi
comentada – acentuou ela
sorrindo. Os vivos falam
acerca dos mortos o que
lhes vem à cabeça, sem
que os mortos lhes
possam dar a resposta
devida, ignorando que
eles mesmos, os vivos,
se encontrarão, mais
tarde, diante desse
mesmo problema... A
desencarnação me
alcançou através de
tremendo processo
obsessivo. Em verdade,
na época, me achava sob
profunda depressão...
Depois de noites
horríveis, nas quais me
sentia desvairar, por
falta de orientação e de
fé, ingeri, quase
semi-inconsciente, os
elementos mortíferos que
me expulsaram do corpo,
na suposição de que
tomava uma simples dose
de pílulas mensageiras
do sono...
E continua a estrela do
cinema, Monroe:
– Efetivamente, não tive
a intenção de fugir da
existência, mas, no
fundo, estava incursa no
suicídio indireto.
Malbaratara minhas
forças, em nome da arte,
entregara-me a excessos
que me arrasaram as
oportunidades de
elevação.... Ultimamente,
fui informada por amigos
daqui de que não me foi
possível descansar, após
a desencarnação,
enquanto não me
desvencilhei da
influência perniciosa de
Espíritos vampirizadores
a cujos propósitos eu
aderira, por falta de
discernimento quanto às
leis que regem o
equilíbrio da alma. (1)
(1) Estante
da vida,
Irmão X (Humberto de
Campos) – Chico Xavier –
FEB.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor da
Editora EME
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