Benefícios ofertados pelo Espiritismo
O Espiritismo é uma doutrina de tríplice aspecto:
científico, filosófico e religioso. É uma doutrina
consoladora e libertadora. Com o conhecimento, consola;
com a sua prática, liberta.
O nosso companheiro e amigo Rodrigues Ferreira, de São
José do Rio Preto, é um estudioso que entendeu os
propósitos da doutrina de forma abrangente e preparou um
programa de estudos que consola e liberta.
Faz de um dos programas a aula introdutória que, pela
densidade de sua mensagem, resolvemos transcrever, em
parte, aos nossos leitores.
“Muitas pessoas procuram o Espiritismo como fonte de
eliminação rápida e mágica de seus problemas, com quase
exclusiva consciência de desfrutar gratuitamente dos
favores Divinos. Ignoram que as soluções, possíveis para
todos, estão na dependência de uma elaboração interna de
ordem espiritual, com alterações imprescindíveis no modo
de interpretar a vida de melhorar o mecanismo de trocas
sociais. Não dispondo de recurso para alcançar no
momento essa condição, e compreender o sentido da
mensagem essencial que o Espiritismo oferece, não vão
além da periferia, crendo ser possível conseguir um
usufruto que favoreça suas expectativas de observador.
“Através do Espiritismo é muito fácil chegar-se a uma
religiosidade interior intensa, necessária e suficiente
para conferir tranquilidade e bem-estar profundos,
diretamente incidentes nos estados de saúde do corpo e
da alma. Significa dizer que a essência da Doutrina,
quando compreendida e sinceramente aplicada ao
comportamento, é capaz de não apenas manter o equilíbrio
pessoal, como ainda, se for o caso, promover a
recomposição do ser no aspecto psicofísico, familiar e
social.
“Nossos irmãos em humanidade, em toda parte do mundo,
sempre se empenharam em buscar soluções para os seus
males usando a magia proposta pelas atividades
religiosas vigentes. Sempre procuram e se agarram às
expressões divinas disponíveis, na ânsia de ganhar
alguma vantagem que não estavam conseguindo por esforço
próprio.
“Motivados a uma fé completamente cega, o povo aceita
incondicionalmente a ideia de que os favores celestes
apenas chegariam se partissem de uma virtuosa e
persistente solicitação. Ao normal, as pessoas já
possuem a instintiva aceitação de que, honestamente,
podem receber prêmios sem os correspondentes e
necessários méritos. E se as autoridades religiosas
estão dizendo que Deus entrega auxílios, valores e
prebendas por causa da sua imensa bondade, sem precisar
explicar nada a ninguém, exigindo apenas supliquem com
humildade e valor, as pessoas acreditam.
“De nada adianta que Jesus falasse que cada um colhe
segundo o que planta e que todos recebem conforme as
obras que efetuam. De modo que ao Espiritismo coube
restaurar a ortodoxa visão crística de causas e efeitos,
divulgando e se empenhando para mostrar que o homem
precisa entender sua imperativa necessidade de mudança
pessoal na maneira de interpretar as coisas, cabendo-lhe
esforçar-se para conseguir o que precisa, ao invés de
supor que não lhe cabe fazer outra coisa senão pedir e
esperar a chegada do que deseja”.
Como vimos na exposição do amigo Rodrigues, é preciso
trabalhar e servir para conseguir o que queremos,
libertando-nos da ideia da suplicância como um dos
processos naturais de obtenção. O Espiritismo não possui
um processo mágico para a solução dos nossos males. As
leis naturais, que são divinas, não conhecem e nem
transitam por atalhos que neguem a Lei de Causa e
Efeito.
A doutrina Espírita, uma vez compreendida e adotada,
altera as nossas cogitações naturais e promove a
espiritualização da vivência. Aprendemos que as soluções
dos nossos problemas passam necessariamente pela trilha
do esforço próprio, não havendo nenhuma possibilidade
para alguém intentar qualquer ganho por mágica
interferência de médiuns especiais ou Espíritos
poderosos. Se a pessoa não cogitar melhores coisas, não
logrará nenhuma solução para os seus problemas. É a Lei
de Deus.
É preciso percorrer os caminhos de libertação,
reservados aos “homens de boa vontade”, como ensinou
Jesus.
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