Tiara eletrônica
“Onde está escrita a lei de Deus? -
Na consciência.” (O Livro dos Espíritos, Q. 621.)
“Desde que Mundo é Mundo”, desde o início da formação
planetária, quando Nosso Senhor Jesus Cristo é designado
pelo Pai: formador, organizador, disciplinador e seu
desenvolvedor;
Desde que e através de seu sexto atributo (Soberanamente
Justo e Bom), nosso Deus resolveu, através da Trindade
Universal (Deus, Espírito e matéria), emprestar seu
sagrado halo aos elementos gerais do Universo (espírito
e matéria);
Desde que nossa Divindade desejou “intelectualizar a
matéria (intellingenter la matière), a necessária
união do espírito e da matéria” (Q. 25);
Desde que, como Princípios Inteligentes, começamos a nos
movimentar pelo Orbe Terrestre, donos de uma razão, a
princípio rudimentar, partindo, cada vez mais, para a
complexidade;
Desde que nós,
Humanidade, tomamos um caminho sem volta, a rota da
evolução, começamos, como costuma acontecer em “Moradas
do meu Pai”, onde o sistema ainda é penitenciário, a
utilizar a tiara
eletrônica.
Muito mais eficiente e nada comparável à tornozeleira
eletrônica utilizada nos atuais dias de nosso terceiro
milênio, que ainda ludibria a terceiros (ou a nossa
insensatez?), a tiara eletrônica, insuspeita, não deixa
dúvidas quanto às atitudes por nós tomadas.
Pois ela (a Lei de Deus) “é a única verdadeira para a
felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou
deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se
afasta”. (Q. 614).
Não somos mais a categoria de Planeta onde a ignorância
da primitividade nos inocentava; onde corríamos soltos
pelas veredas da instintividade: sobrevivendo,
procriando, salvaguardando-nos. Ainda longínquos e sem a
necessidade de um equipamento eletrônico.
Muito pelo contrário, “quando mais avançados,
corrompidos e só com sensações” (ESE, XI, 8), já fora de
nossa originalidade e para que “arrancando o joio, não
fosse também ceifado o trigo” (Mateus, 13:29),
condenamo-nos, todos, ao uso do mecanismo consciencial e
de monitoramento individual.
E assim, peregrinamos por veredas escusas: das guerras
“sagradas”, sob os auspícios da cruz; da “santa”
inquisição; das disputas comandadas pela intolerância e
desrespeitos... E a tiara da consciência sempre esteve
sobre nossa cabeça, orientando a poucos de boa vontade,
e a uma grande maioria de equivocados.
* * *
Eia, irmãos! Surge
a hora da Liberdade; surge a hora de nos livrarmos do
“dispositivo”, a hora do “ser religiosidade” em
detrimento do “ser religioso”. A hora da “religião
superior ou natural fundamentada na mais afetuosa
fraternidade”. (As Alegrias da Alma, de
Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed,
Pg. 53.)
Eia, irmãos! A jornada evolutiva é longa; que não
desejemos assimilar toda a doutrina, num só ano, numa
década, numa só vivência, mas que, em meio à jornada,
nos estimemos; depois nos afeiçoemos e, no final, nos
amemos!
Então a “religião superior ou natural” do Benfeitor
Hammed, a Fraternidade, estará começando a ser instalada!
Tiaras fora!
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