A
derrocada da Igreja
Católica
Indubitavelmente, a
Igreja Católica passa
pela sua mais degradante
crise. Os escândalos
envolvendo padres
atingiram escala quase
planetária, e os
alicerces da velha
instituição, na qual boa
parte da humanidade
bebeu as suas primeiras
noções de religião,
estão seriamente
abalados. Com efeito,
chega a ser
inacreditável como
indivíduos pervertidos
tomaram a batina e se
homiziaram. Mas como
vivemos numa época em
que as máscaras estão
caindo, e, por
conseguinte, cada um
está mostrando
exatamente o que é na
sua essência, centenas
de histórias escabrosas,
bem como os seus
protagonistas vieram à
tona.
A pletora de relatos de
paroquianos abusados
sexualmente por prelados
católicos é espantosa, e
as sequelas deixadas
nessas almas indefesas
são por demais
dolorosas. A verdade é
que a poderosa igreja
abrigou em seu seio, ao
longo do tempo,
indivíduos profundamente
perturbados. Estes
causaram estragos e
traumas psicológicos
muito difíceis de serem
mensurados. Entretanto,
as vítimas finalmente
decidiram expor os seus
dramas íntimos, e os
responsáveis por essas
tragédias inumeráveis
estão sendo convocados a
prestar contas dos seus
atos nefandos.
Cumpre ressaltar que a
igreja tentou de todas
as formas possíveis
encobrir os seus podres,
assim como os nomes dos
degenerados. Nesse
sentido, quantias
vultosas têm sido pagas
às vítimas, gerando, por
extensão, seriíssimos
problemas financeiros na
velha agremiação
religiosa. Mesmo assim,
a igreja católica não
consegue mais abafar a
dimensão da tragédia
ocorrida em suas
fileiras. Por
conseguinte, como
instituição enfrenta uma
dura perda de
credibilidade e
confiança. A situação
chegou a tal ponto que o
Papa Francisco viu-se
forçado a pedir
desculpas inúmeras vezes
pelos males criados ao
seu rebanho. Além disso,
muitas paróquias e
escolas foram fechadas,
especialmente nos
Estados Unidos, tal a
gravidade da situação.
Afinal de contas, as
histórias revelaram,
fundamentalmente,
“lobos” que trajavam
batinas e abusavam
impiedosamente das
“ovelhinhas” indefesas
que buscavam apenas
orientação religiosa e
espiritual. Para
ilustrar, só no Estado
da Pensilvânia, há
relatos de que durante
sete décadas mais de
1000 crianças foram
molestadas. Por sua vez,
na Alemanha há 3677
casos devidamente
documentados envolvendo
1670 clérigos,
abrangendo o período de
1946 a 2014.
Ou seja, a Igreja
Católica não apenas
perdeu prestígio, mas o
seu sentido e
finalidade. O Papa tem
se forçado por separar
“o joio do trigo”, mas,
mesmo assim, o mal
causado é simplesmente
irreparável.
É inegável que a Igreja
– assim mostram as
evidências – não
enfrentou os seus
predadores internos como
deveria. Ao contrário,
tentou acobertá-los
imaginando, assim,
diminuir o estrago.
Muitos foram apenas
afastados das suas
funções. Não é por outra
razão que o Papa
Francisco vem pedindo
perdão pela falha da
direção da instituição
que não enfrentou os
seus males
apropriadamente.
O fato primordial é que
a busca pelos prazeres
do sexo serviu como
acicate aos prelados
alheios às suas
responsabilidades de
pastores de almas. A
Igreja Católica
Apostólica Romana
tergiversou em assunto
da mais alta relevância
e, assim, o seu
prestígio foi duramente
atingido. Sexo é tema de
significativa
importância para nós
humanos. Nesse sentido,
o Espírito Joanna de
Ângelis observa, na
obra Depois da
Tempestade (psicografia
de Divaldo Pereira
Franco): “Santuário da
procriação, fonte de
nobres emulações e
instrumento de renovação
pela permuta de
estímulos hormonais, a
sexualidade tem sofrido
a agressão apocalíptica
dos momentos
transitórios da
regeneração espiritual
que se opera no
planeta”.
Já o Espírito Emmanuel,
no livro Dicionário
da Alma (psicografia
de Francisco Cândido
Xavier), pondera que “Em
qualquer circunstância,
recordemos que o sexo é
um altar criado pelo
Senhor, no templo imenso
da vida. Santificá-lo e
santificar-se”.
Reiterando essa visão, o
Espírito Joanna de
Ângelis (no livro Florações
Evangélicas, também
psicografado por Divaldo
Pereira Franco)
recomenda: “Progressos,
no entanto, na vertical
das conquistas
superiores e não na
horizontalidade das
paixões animalizantes e
dos agentes
dissociativos da
comunidade, da família,
do indivíduo”.
Por fim, cabe observar
que, dependendo da
maneira como lidamos com
o sexo, poderemos
esperar grandes alegrias
ou profundos dissabores.
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