Para
entender o Apocalipse
No Dicionário da Bíblia
de Almeida, de Werner
Kaschel e Rudi Zimmer,
edição da Sociedade
Bíblica do Brasil, 1999,
encontramos no verbete
Apocalipse: "Tipo de
forma encontrada no
judaísmo entre os anos
200 a.C. e 200 d.C.. Nos
livros apocalípticos
trata-se da história
daquele tempo e do
futuro, utilizando-se
símbolos e visões. Assim
os perseguidores não
entendiam a mensagem e
os leitores não corriam
o perigo de serem presos.
Alguns desses livros
eram PSEUDEPÍGRAFOS (Enoque,
Assunção de Moisés, 4
Esdras e muitos outros).
O livro de Daniel (7-12)
e o Apocalipse são
apocalipses bíblicos".
Sobre o livro de
Apocalipse: "Livro
escrito por João, que
estava preso na ilha de
Patmos (1.9).
'Apocalipse' quer dizer
'revelação'. (...) O
livro foi escrito
durante um tempo em que
as autoridades romanas
estavam perseguindo os
cristãos porque eles não
prestavam os cultos ao
imperador romano que
chamava a si mesmo de
'Senhor' e 'Deus'. O
livro foi enviado a sete
igrejas da PROVÍNCIA
romana da ÁSIA (1.4,11)
a fim de animá-las a
continuarem fiéis a
Jesus Cristo em tempos
de perseguição e
sofrimento". (...)
Na obra O Apocalipse -
Edições Feesp, José de
Souza e Almeida registra
que "o livro deve ter
surgido no ano de 95
d.C. (ano de nossa era).
Na ocasião, o César
romano, senhor do mundo,
era o imperador
Domiciano, que moveu a
segunda grande e
cruel perseguição aos
cristãos. (A primeira
foi a do imperador Nero,
de 64 a 68 d.C..)"
Souza e Almeida explica
que João "Apresenta como
futuro o que já pertence
ao passado"; (...) "(ao
ano do martírio de
Jesus) e a partir dele
vai descrevendo o
futuro.
Além disso, baseia-se
muito no Antigo
Testamento, o qual era
conhecido dos primitivos
cristãos; mas o faz de
tal maneira que o
passado não passou, isto
é, é presente. Assim,
transforma as lembranças
em esperanças".
O que faz previsões é
dotado da faculdade da
presciência, ou da
precognição, ou do
pré-conhecimento, isto
é, o saber antes, o
conhecimento de um fato
antes que ele aconteça.
E como é possível ter
conhecimento do que
ainda não ocorreu?
Compreendamos que quanto
mais elevado for o
Espírito, mais ele
abarca, numa só visão, o
espaço e o tempo. Para
Deus, não existe passado
nem futuro. Para ele
tudo é, não há o "foi"
nem o "será".
Imaginemos um
observador, colocado no
ponto mais alto de uma
estrada. Para o
viajante, não há como
saber as surpresas que o
aguardam e todos os
acidentes e
acontecimentos da viagem
serão "o futuro", "o vir
a ser". Para o
observador, tudo é
presente. Se o
observador sair do local
onde está, for ao
encontro do viajante e
contar-lhe as surpresas
que o aguardam, ele
será, para o viajante,
um adivinho, um
profeta.
A presciência pode
ocorrer: 1) Pela
previsão de
acontecimentos através
da análise do rumo em
que as coisas caminham;
2) Por intervenção dos
Espíritos, que inspiram,
ou plasmam quadros, ou
falam à pessoa que faz a
revelação; 3) Pela
emancipação da alma:
desdobramento, ou
projeção da
consciência.
Importante ressaltar que
o Mundo Espiritual só
permite as previsões, se
elas resultarem em
benefício do homem. Não
é possível que o
Espírito esteja num
local mais alto. O
exemplo do observador
serve para ajudar-nos na
compreensão do assunto.
Para os Espíritos, a
visão não se dá da mesma
maneira que se dá para
os homens.
Se verdadeiramente
sábios, os Espíritos não
fazem previsões com
datas fixas, pois os
pormenores de cada
acontecimento estão
relacionados com o
livre-arbítrio do homem.
Por isso, a data exata
não existe senão quando
o acontecimento já está
realizado.
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