Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Casimiro Cunha

 
 

Súplica do Natal

 
Na noite santificada,

Em maravilhas de luz,

Sobem preces, cantam vozes

Lembrando-Te, meu Jesus!

 

Entre as doces alegrias

De Teu Natal, meu Senhor,

Volve ao mundo escuro e triste

Os olhos cheios de amor.

 

Repara conosco a Terra,

Angustiada e ferida,

E perdoa, Mestre Amado,

Os erros de nossa vida.

 

Onde puseste a alegria

Da paz, da misericórdia,

Desabam tormentas rudes

De iniqüidade e discórdia.

 

No lugar, onde plantaste

As árvores da união,

Vivem monstros implacáveis

De dor e separação.

 

Ao longo de Teus caminhos

Sublimes e abençoados,

Surgem trevas pavorosas

De abismos escancarados.

 

Ao invés de Teus ensinos

De caridade e perdão,

Predominam sobre os homens

A sombra, o crime, a opressão.

 

Perdoa, Mestre, aos que vivem

Erguendo-Te a nova cruz!

Dá-nos, ainda, a bonança

De Tua divina luz.

 

Desculpa o mundo infeliz

Distante das leis do bem,

Releva as destruições

Da humana Jerusalém...

 

Se a inteligência dos homens

Claudicou e recaiu,

A Tua paz não mudou

E ao Teu amor não dormiu.

 

Por isso, ó Pastor Divino,

Nos júbilos do Natal,

Saudamos a Tua estrela

De vida excelsa e imortal.

 

Que o mundo Te guarde a lei

Pela fé que nos conduz

Das sombras de nossa vida

Ao reino de Tua luz!...

 

Do livro Antologia Mediúnica do Natal, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita