Cristo: o sol moral do mundo, ele não
envelheceu
Uma emoção especial sustenta no ar a mensagem do amor e
da fraternidade entre as criaturas, com a aproximação do
nascimento do Cristo.
É uma corrente de pensamentos e ações no campo do bem
que se espalha no coração das pessoas e pelas cidades.
Nessa estação, as pessoas desejam e se permitem
manifestar o que há de melhor em seu íntimo, e ocorre
uma transformação da psicosfera material e espiritual em
torno da Terra, e todos almejam ser mais felizes e fazer
as pazes.
É necessário que o Cristo nasça em nós, na vivência de
nosso dia a dia, como luz que fazemos nos passos de
nossos irmãos, como mãos que amparam os caídos, palavras
que confortam os tristes e desesperados, e alianças de
bondade com aqueles que se desviaram do caminho do bem.
Na vida, todos devem honrar a si mesmos, à sua família e
à nossa sociedade, e o maior sucesso ocorre com a
aliança da determinação e da fé; que podem nos dar a
consciência tranquila de termos feito o melhor para nós
e para nosso próximo, que nada nos faça arrepender-nos
amanhã de nossas ações.
A data do nascimento do Cristo na Terra é muito
expressiva para uma parcela de nossa humanidade, mas
seus ensinamentos fazem parte da regra da lei áurea de
todos os povos: “Fazer ao outro aquilo que desejamos nos
façam”.
Ele não envelheceu na Terra e nem era preciso: “Sem
violência de qualquer natureza, altera os padrões da
moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios.
Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática
do perdão. À tradição de raça opõe o fundamento da
fraternidade legítima”. (1)
Porque nasce a paz cada vez que duas pessoas se perdoam,
é Natal.
Porque nasce o amor cada vez que alguém auxilia uma
outra pessoa, é Natal.
Porque nasce a alegria e a fé cada vez que uma pessoa
abre um sorriso nos lábios e olha com os olhos do
coração para seu semelhante, é Natal.
As dicas do Natal são drágeas de saúde para nossas
vidas.
Para os semelhantes: estima, fraternidade e
solidariedade.
Para os inimigos: o perdão e a prática do bem sem
revide.
Para os amigos: a disposição, a confiança e o ombro
amigo.
Para os filhos: o exemplo – o único modelo que edifica o
caráter.
Para os pais: o respeito, com o retorno do bem por tudo
que nos fizeram.
Para o país: o cumprimento do dever e a honestidade no
agir.
Para o Criador: a proteção do nosso meio ambiente, a
vivência de suas leis e a gratidão pela vida e pelo
nosso livre-arbítrio.
Natal não pode ser por um dia, e sim por todos os dias
de nossas vidas, quando deixamos a mensagem do Cristo
iluminar nossos caminhos, nosso coração e nossa mente.
Muitas pessoas dizem que o dia mais importante de nosso
mundo foi quando se encerrou a Segunda Guerra Mundial;
outros, quando o homem aportou na lua; outros ainda
esperam pela descoberta da cura para a Aids, câncer e a
dependência química, e que esse dia poderá ser o mais
importante para a humanidade. Entretanto, um homem
simples, desapegado do poder e das riquezas, fez a
diferença em nossas vidas, ele é nosso Mestre e irmão
maior, é a figura mais importante de todas que chegaram
até aqui: Jesus de Nazaré.
O Natal é para lembrarmo-nos do Cristo que deve fazer
morada em nossas mentes e em nossos corações. E a data
somente será completa se entendermos que existem dois
nascimentos do Mestre, um que aconteceu na singela
manjedoura, e este que deve acontecer, permanentemente,
no dia a dia em nosso coração acolhedor e generoso com
Jesus.
Sabiamente Jesus não nos impôs uma meta, ou exigiu
coisas difíceis de se realizar; ainda junto aos seus
discípulos, resumindo as leis divinas, disse que um novo
ensinamento nos deixava: “Que nos amássemos uns aos
outros, como ele nos amou”.
“Eis por que a Doutrina Espírita nos reconduz ao
Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto
somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução
científica do homem terrestre, que o Cristo é o Sol
Moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem,
para brilhar mais intensamente amanhã.” (2)
(1) Emmanuel
(Chico Xavier) – Pensamento e
vida – FEB
(2) Emmanuel
(Chico Xavier) – Religião dos
Espíritos – FEB
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é
editor da Editora EME.
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