Já
sabemos amar?
“Amar o próximo como a
si mesmo” é, talvez, o
mais completo dos
ensinos de Jesus. Até
porque esse pensamento é
a síntese do dever moral
do homem aplicado à
Vida, e traduz amor e
obediência a Deus, antes
de tudo.
Diz-se que ninguém ama o
outro se não amar a si
próprio. Mas já
aprendemos a amar a nós
mesmos? Que amor é esse
se agredimos e
desgastamos o corpo com
vícios e excessos? Se
não nos reconhecemos
como Espíritos imortais,
e por isso somos
indiferentes a valores
importantes? Se elegemos
a matéria como guia do
nosso destino, ignorando
a nossa essência?
Amar a si mesmo será
egoísmo? Não, se esse
autoamor revelar a
gratidão a Deus por
ter-nos dado a Vida;
não, se esse amor fizer
compreender, com
inteligência, o valor da
saúde física e da saúde
moral; não, se esse amor
representar o
investimento de cada dia
da nossa existência no
progresso espiritual.
Atendidos esses
requisitos, nosso
coração terá amor para
partilhar. E colocar-se
no lugar do outro será
um exercício espontâneo
que nos fará desenvolver
o amor ao próximo, ou
seja, vê-lo do mesmo
lado nosso: o humano. E
apesar de tudo o que nos
possa distinguir como
pessoas, sabê-lo e
aceitá-lo como um irmão
querido.
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