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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

O remédio e a dieta


Sabidamente as enfermidades fazem parte do nosso cotidiano e a assistência necessária ocorre com os tratamentos específicos para cada doença. A medicina terrena indica a medicação para o paciente buscando a sua cura ou alívio das dores. Em muitos casos é imperiosa a indicação de uma dieta que irá complementar o tratamento instituído.

Contudo, a dieta vai depender exclusivamente da vontade do paciente que ficará privado da ingestão de alimentos não recomendados. O médico não pode interferir, e não raro essa orientação não é cumprida fielmente, resultando no adiamento da cura ou agravamento da situação do enfermo.

Analogamente, a Casa Espírita, além de tratar o paciente dos males da alma, preconiza uma dieta de ordem espiritual e, também, não pode obrigar o paciente a fazê-la. Trata-se da “reforma íntima” que se impõe no tratamento do Espírito. Esse acolhimento é para todos aqueles que necessitam vencer essas vicissitudes.

Não obstante a grande ajuda recebida através dos Espíritos Superiores, a mudança de ordem pessoal é imprescindível, visto que a raiz da árvore das enfermidades está na alma de cada um de nós. Evitar a colheita dos repetitivos frutos danosos é o grande desafio que temos, e será sempre consequência daquilo que viermos a plantar.

De nada adianta o tratamento espiritual, que se tornará mero paliativo, caso não haja a vontade do enfermo de extirpar a raiz nefasta que dá origem a todas as mazelas. Esse é o grande trabalho que teremos que realizar, para que tenhamos a cura definitiva dos nossos males.

Jesus, o médico das almas, constitui-se no remédio e dieta que buscamos. Pelos seus ensinamentos é que seremos libertos das nossas enfermidades. As doses dependerão da necessidade de cada um. Esse remédio Sublime não tem contraindicações e os benefícios serão a paz e a felicidade que buscamos.

Para o êxito almejado muitas vezes precisamos tomar um remédio amargo. Neste caso, porém, jamais poderia ser amargo qualquer ensinamento de Jesus, pela sua conhecida Sabedoria. Para assimilarmos esse tratamento é necessário ter paciência, perseverança e fé. A responsabilidade é toda nossa, pois tudo que nos aflige é consequência daquilo que fizemos equivocadamente nesta ou em outras existências.

Não procuremos imputar culpa em outrem como sói acontecer. É preciso ter consciência de que a lei de causa e efeito é natural e imutável. Por trás dos nossos padecimentos existe uma causa que se faz refletir nas dores que nos fustigam.

Procuremos ter como meta pensamentos edificantes e a prática do bem, que certamente a vida irá bem... Esse processo não é de curta duração, porém, podemos abreviá-lo, dependendo da escolha do caminho a ser palmilhado. (Ao semearmos o bem, tenhamos a certeza do júbilo da boa colheita.)



 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita