O remédio e a dieta
Sabidamente as enfermidades fazem parte do nosso
cotidiano e a assistência necessária ocorre com os
tratamentos específicos para cada doença. A medicina
terrena indica a medicação para o paciente buscando a
sua cura ou alívio das dores. Em muitos casos é
imperiosa a indicação de uma dieta que irá complementar
o tratamento instituído.
Contudo, a dieta vai depender exclusivamente da vontade
do paciente que ficará privado da ingestão de alimentos
não recomendados. O médico não pode interferir, e não
raro essa orientação não é cumprida fielmente,
resultando no adiamento da cura ou agravamento da
situação do enfermo.
Analogamente, a Casa Espírita, além de tratar o paciente
dos males da alma, preconiza uma dieta de ordem
espiritual e, também, não pode obrigar o paciente a
fazê-la. Trata-se da “reforma íntima” que se impõe no
tratamento do Espírito. Esse acolhimento é para todos
aqueles que necessitam vencer essas vicissitudes.
Não obstante a grande ajuda recebida através dos
Espíritos Superiores, a mudança de ordem pessoal é
imprescindível, visto que a raiz da árvore das
enfermidades está na alma de cada um de nós. Evitar a
colheita dos repetitivos frutos danosos é o grande
desafio que temos, e será sempre consequência daquilo
que viermos a plantar.
De nada adianta o tratamento espiritual, que se tornará
mero paliativo, caso não haja a vontade do enfermo de
extirpar a raiz nefasta que dá origem a todas as
mazelas. Esse é o grande trabalho que teremos que
realizar, para que tenhamos a cura definitiva dos nossos
males.
Jesus, o médico das almas, constitui-se no remédio e
dieta que buscamos. Pelos seus ensinamentos é que
seremos libertos das nossas enfermidades. As doses
dependerão da necessidade de cada um. Esse remédio
Sublime não tem contraindicações e os benefícios serão a
paz e a felicidade que buscamos.
Para o êxito almejado muitas vezes precisamos tomar um
remédio amargo. Neste caso, porém, jamais poderia ser
amargo qualquer ensinamento de Jesus, pela sua conhecida
Sabedoria. Para assimilarmos esse tratamento é
necessário ter paciência, perseverança e fé. A
responsabilidade é toda nossa, pois tudo que nos aflige
é consequência daquilo que fizemos equivocadamente nesta
ou em outras existências.
Não procuremos imputar culpa em outrem como sói
acontecer. É preciso ter consciência de que a lei de
causa e efeito é natural e imutável. Por trás dos nossos
padecimentos existe uma causa que se faz refletir nas
dores que nos fustigam.
Procuremos ter como meta
pensamentos edificantes e a prática do bem, que
certamente a vida irá bem... Esse processo não é de
curta duração, porém, podemos abreviá-lo, dependendo da
escolha do caminho a ser palmilhado. (Ao
semearmos o bem, tenhamos a certeza do júbilo da boa
colheita.)
|