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por Silas Lourenço

 

A prece como Lei Moral


A adoração a Deus é uma Lei Natural. Tão natural quanto às leis que costumamos chamar de Leis da Física, diferenciando-se entre ambas pela circunstância de que as Leis Morais, da qual a Lei de Adoração é uma delas, regem o comportamento moral dos seres conscientes da natureza, enquanto as Leis da Física regem o comportamento dos corpos conhecidos, ou materiais.

Todas as Leis Naturais, quer sejam as físicas ou morais, não podem ser derrogadas pelo indivíduo, por mais influente, inteligente ou poderoso que seja. A elas todos estão submetidos. Assim Deus o quis.

Portanto, qualquer desafio a estas Leis acarreta a correlata consequência, algumas poderemos sentir mais rapidamente do que outras, mas toda afronta será punida. Para tanto, basta tentar ocupar o mesmo lugar no espaço de outro corpo físico, restará ao recalcitrante somente dor e hematomas como recordação dessa infração.

Da mesma forma, aquele que deixa de cumprir uma Lei Moral sofre a consequência do ato desatinado, mais cedo ou mais tarde.

Como Lei Moral, a adoração a Deus comportou estudo aprofundado por Allan Kardec, sobre a realidade da existência dessa Lei, e como ela sujeita a alma dos encarnados e os Espíritos depois do desencarne, consignando tal estudo na parte III, no capítulo II de O Livro dos Espíritos.

Com a licença dos leitores, ao invés de transcrever o estudo ou parte dele, que, porém, recomendo, neste artigo posso reduzir a uma palavra apenas esta obrigação: Prece.

Sendo a prece uma obrigação, um comando, qual a consequência para aquela pessoa que nunca ora, ou raramente reza, ou ainda que apenas cumpra deveres sociais indo a lugares destinados à oração? Por óbvio, me refiro às pessoas que estão no estágio evolutivo da nossa civilização, e não de outras etnias ou mesmo do passado da Civilização Ocidental.

Tais pessoas se expõem com muito mais facilidade aos males da atualidade: a ansiedade, o pânico e a depressão.

Cuidado! A prece é a melhor prevenção para estas patologias, das quais, ninguém está imune.

Para concluir, estudar a prece, seu mecanismo, suas condições e suas consequências é necessário, principalmente para nós espíritas, para podermos bem orar. Porém, o hábito da prece é imperioso e urgente para o cumprimento de uma Lei Natural, estando neste ponto quites com as Leis de Deus.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita