As religiões de uns mais separam as pessoas do que as
unem
São as religiões que mais nos ajudam na busca da nossa
evolução, para que alcancemos, um dia, a perfeição
semelhante à de Deus. Mas, para muitas pessoas, a sua
religião é a causa principal de seus conflitos com seus
irmãos e companheiros dessa nossa jornada evolutiva
espiritual terrena. E isso apenas porque suas
respectivas religiões são diferentes. Ademais, apesar de
umas terem a mesma religião, elas ainda brigam também
pelo modo diferente de elas praticarem a mesma religião.
É que umas são mais religiosas e outras menos. E as que
são mais querem que as que são menos sejam religiosas
iguais a elas, o que é um erro, pois, ser muito
religioso depende do nível evolutivo espiritual de cada
pessoa. Umas brigam até com os padres! E as pessoas,
frequentemente, dão mais valor às questões religiosas
exteriores como a frequência às cerimônias, quando a
verdadeira religião busca mais a religiosidade que é
mais interior.
Jesus disse que se uma pessoa estiver no altar fazendo
oferendas a Deus e se lembrar de que não está bem com
alguém, deve interromper sua oferenda, procurar o seu
adversário e reconciliar-se com ele, e só depois, então,
é que a pessoa pode voltar ao altar e continuar sua
oferenda (Mateus 5: 23). Esse ensino mostra que estarmos
em paz com todas as pessoas é mais importante do que
estarmos fazendo oferendas a Deus. É que Deus não
precisa de oferendas. Ele está sempre muito bem e feliz,
não precisando, pois, jamais de nada de nós, para que
continue muito bem e muito feliz, mesmo porque Ele é
imutável. Aliás, se Deus dependesse de nós para ser
feliz, Ele estaria perdido, pois, nós somos ainda muito
imperfeitos e, portanto, mais inclinados à prática dos
males e vícios do que à prática das virtudes. Mas ainda
bem que estamos evoluindo. Caímos muito, mas jamais nos
faltarão novas chances para nos levantarmos. “Sete vezes
cairá o justo e se levantará.” (Provérbios 24: 16.)
E nossas faltas estão mais relacionadas à ausência de
amor ao nosso próximo. Daí que o primeiro mandamento da
lei divina ou natural, a dos Dez Mandamentos, manda-nos
amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo no
mesmo nível do amor que temos a nós mesmos. Lembremo-nos
de que nós nos amamos a nós mesmos até demais, pois
somos muito egoístas! Mas se amarmos de verdade nosso
próximo, ou no mesmo grau com que nos amamos, está tudo
bem, pois não vamos querer para nós e somente para nós
tudo o que de melhor existe. A etimologia da palavra
egoísta é ‘ego’ em latim, e que significa eu. O egoísta
se considera o tal e pensa que tudo de melhor é com ele!
Assim, automaticamente, ele está menosprezando ou
desvalorizando seu próximo, o que vale dizer que ele não
o está amando como ama a si mesmo, pois está
considerando seu próximo inferior a ele.
O objetivo das religiões é nos unir como irmãos e, pois,
como filhos de Deus, que é o Pai de Jesus e de todos
nós, para que, assim, sejamos todos nós um com Jesus e,
por consequência, também, um com Deus Pai. (João 17:
21). Se nossa religião, pois, for um meio de nos
separarmos uns dos outros como se vê tanto, é melhor,
espiritualmente falando, que a pessoa não tenha nenhuma
religião, bastando-lhe a crença em Deus, já que, assim,
ela estará melhor, pois, em paz com seus irmãos, ela
estará também em paz consigo mesma e com o próprio Deus,
Pai de todos nós!
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