Processo
de renovação
Faz parte da índole do
homem o receio de
mudanças, principalmente
as que mexem com o seu
íntimo, mesmo que estas
sejam para melhorá-lo.
Trazia Jesus a Boa Nova.
Pregava um comportamento
pelo amor e indulgência,
o que alterava
substancialmente a
cultura da época,
baseada na lei do olho
por olho, dente por
dente. A alteração era
dramática e chocava-se
com os interesses
vigentes. Melhor seria
matá-lo do que aceitar o
grande esforço da
mudança de cada um e,
por conseguinte, de toda
a sociedade.
Não há dúvida de que
construir-se uma
personalidade nova
requer reforço e
tenacidade. Muitas
vezes, face a uma
situação que nos permite
a mudança de
comportamento, optamos
pelas reações antigas e,
frente ao fato
consumado, dizemos: "Que
vou fazer? Eu sou assim
mesmo..." e nada de
renovação.
Se analisarmos bem as
reações antigas, quando
erradas, cobram caro à
nossa consciência.
Grande também é o
esforço para podermos
conviver com o peso que
isso nos acarreta.
Quanta energia mental
despendemos, quantas
noites em claro
passamos, só porque
nesta ou naquela
situação nos decidimos
pelo erro! Quantas vezes
tentamos o esquecimento,
tudo em vão! O complexo
de culpa transforma-se
em forte algoz, a ocupar
boa parte da nossa
capacidade de pensar.
Nossos pensamentos como
que invadem o nosso
íntimo. Aos poucos,
nossa resistência física
se enfraquece e doenças
de difícil diagnóstico
se estabelecem. É o que
se pode chamar de grande
luta por pouca evolução.
Grande esforço para
praticamente não se sair
do lugar.
Que vamos fazer? Esta é
uma decisão que nos cabe
realizar. A vida sempre
nos coloca frente a
frente com as lições
que, se aproveitadas,
nos eleva perante o
altar de nossa
consciência e, como
vimos, a desculpa de ser
necessário grande
esforço para aprendermos
a fazer o certo não deve
servir de base para
continuarmos errando.
Maior a luta para
convivermos com as
acusações da
consciência.
Somos seres em constante
aprendizado. A vida é o
instrumento de que Deus
se serve para nos
facultar o aprendizado à
felicidade. Nesse
sentido, a vigilância
constante sobre nós
mesmos, juntamente com o
incansável desejo de nos
ajudarmos uns aos
outros, devem ter
preferência. Nenhum
pretexto deve ser mais
forte a ponto de nos
fazer desviar o esforço
de vontade. Se tivermos
que gastar nossas
energias, que seja no
processo de renovação de
nós mesmos e não nos
processos obsessivos que
atingem a nossa mente
quando nos desviamos do
reto viver. Só o amor
cobre a multidão dos
pecados, disse o
apóstolo Pedro. Ou seja,
livra-nos do sofrimento
e nos encaminha a
alegrias inimagináveis.
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