Vinde a
mim,
todos
vós que
estais
aflitos
e
sobrecarregados,
que eu
vos
aliviarei
Estas
palavras
do Amigo
Incomparável(1) ecoam
há
séculos
como uma
verdadeira
promessa
de
esperança,
felicidade
e paz a
todos os
aflitos.
E quem
não o é?
As
aflições
e
ansiedades
têm
acompanhado
a
humanidade
há
milênios.
Injustiças
de toda
a ordem,
a brutal
escravidão,
o
domínio
pela
força,
mazelas
incontáveis,
guerras
cruéis,
doenças
intrigantes,
temos
visto
situações
escabrosas
e, tudo
indica,
ainda
veremos
muito
mais até
o ponto
onde
esta
parcela
de
Espíritos
chegados
ao reino
hominal
reencarnando
regularmente
na Terra
alcance
níveis
evolutivos
mais
elevados,
condição
nos
possibilitando
vivenciar
um pouco
de paz e
alegria
verdadeiras.
Entretanto,
para se
materializar
esta
realidade
será
preciso
esforço,
dedicação,
paciência,
resignação,
e muito,
mas
muito
empenho
para
domar as
tendências
negativas
ainda
nos
caracterizando,
construídas
em
incontáveis
vidas
anteriores,
a nossa
sombra.
Contar
com o
Rabi
Galileu
será
sempre
um
alento
importante
para nós
Espíritos
ainda
vacilantes
e
inseguros,
temerosos
em tomar
da
charrua
e não
olhar
mais
para
trás,
partindo
resolutos,
determinados,
rumo à
meta
fatal de
todos
nós: a
condição
de
relativa
perfeição.
Enquanto
estes
tempos
não se
dão,
lembrar
e
meditar
sobre
estas
palavras
do
Cristo
de Deus
será
sempre
um
grande
estímulo,
ajudando-nos
a
levantar
os
joelhos
desconjuntados
pelas
lutas
interiores
e
marchar
como
verdadeiros
soldados
do
Cristo.
Nada
obstante,
é
preciso
bem
entender
esta
promessa
crística,
de modo
a não
sermos
enganados,
por nós
mesmos,
pela
falta de
critério
em bem
ajuizar
o real
significado
das
palavras
do Amigo
Celestial.
Em um
dos
muitos
livros
relatando
a vida
de Chico
Xavier,
há uma
excelente
advertência
dada por
Emmanuel
ao
médium
mineiro,
esta,
certamente
serve
para
todos
nós. A
obra em
questão
é No
Mundo de
Chico
Xavier(2),
segue um
resumo
do fato:
Após ter
recebido
de
Emmanuel
as
primeiras
informações
referentes
à sua
missão,
em 1931,
Chico
Xavier,
naquela
época,
encontrava-se
com uma
deficiência
funcional
no olho
esquerdo
e,
diante
das
orientações
de seu
guia
espiritual
lhe
elencando
tarefas
na área
da
escrita,
solicitou
uma
intervenção
espiritual
para
sanar a
problemática
na
vista,
afinal,
como
trabalhar
escrevendo
e lendo
continuamente
com um
aguilhão
como
aquele,
ajuizou
o
cidadão
uberabense?
Emmanuel
explicou
que a
doença
da qual
era
Chico
portador
estava
sob
supervisão
dos
médicos
da
Terra,
bem como
dos
Espíritos,
acrescentando
estar
Jesus
sempre
ao seu
lado
auxiliando-o.
Diante
desta
última
informação,
Chico de
pronto
entendeu
que
Jesus o
curaria
definitivamente.
Emmanuel
então
pediu
que o
médium
tomasse
o
compêndio
que
poderia
se
intitular
o guia
dos
aflitos, O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
e, no
capítulo
sexto
lesse em
voz alta
o texto
do
primeiro
item.
Assim o
fez o
médium
mineiro
e quando
chegou à
palavra
“aliviarei...”,
o Amigo
Espiritual
interrompeu-o
e
perguntou:
“Compreendeu
bem?
Jesus
não nos
promete
curar-nos,
isto é,
retirar-nos
da
bênção
das
obrigações
que nos
cabe
cumprir,
perante
as leis
de Deus,
mas sim
promete
“aliviar-nos”
e
auxiliar-nos.
Confiemos
no
Mestre
Divino e
trabalhemos”.
Transcorreram
os anos
e mais
tarde
Chico
pôde bem
aquilatar
ser a
doença
da qual
era
portador
uma
ajuda
para
melhor
compreender
todos os
doentes
que lhe
procuraram
em busca
de
consolo
ou uma
palavra
amiga e,
mais
ainda,
podemos
afirmar
também
não ter
impossibilitado
o
desempenho
a
contento
da
grandiosa
tarefa
que lhe
cabia
desempenhar.
A lei de
Deus não
prevê
milagres
ou curas
definitivas,
estas
poderão
até
acontecer,
se
houver a
conjunção
de
situações
necessárias
e
suficientes,
contudo,
mesmo
não
havendo
a cura
definitiva,
sempre
nos será
oferecido
pela
espiritualidade
superior:
amparo,
fortalecimento,
fluidos,
forças
novas,
um ombro
amigo,
alento
renovador,
desta
forma,
com
estas
importantes
medidas
de apoio
encontraremos
alívio,
mas nem
sempre a
cura.
Este
último
desfecho
depende
de
nossas
necessidades
de
evolução,
se já
conseguimos
sanar
questões
passadas
quando
prejudicamos
os
outros
ou a nós
mesmos,
razões
estas
predominantes
no
surgimento
das
variadas
doenças.
Alívio!
Esta foi
a
promessa
do
Celeste
Instrutor,
nada
mais.
Sigamos
intimoratos,
determinados,
resolutos,
a
misericórdia
e o amor
de Deus
por suas
criaturas
são
imensos
e nos
alcançam
de um
modo ou
de
outro,
incontáveis
vezes
sem ao
menos
percebermos.
Busquemos
este
alívio
pela
oração,
todavia,
trabalhemos
simultaneamente
para em
futuro
próximo
não
precisarmos
mais
pedir,
solicitando
intervenções
da
espiritualidade
a nosso
favor,
pois já
saberemos
como nos
conduzir
de modo
a
prescindir
deste
apoio
maior,
oferecido
de bom
grado,
hoje, e
enquanto
não
soubermos
andar
pelos
nossos
próprios
pés.
Referências:
1 KARDEC,
Allan. O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo.
Trad.
Evandro
Noleto
Bezerra.
2. ed.
1. Imp.
Brasília:
FEB,
2013.
cap. 6,
it. 1.
2 BARBOSA,
Elias. No
mundo de
Chico
Xavier.
São
Paulo:
Editora
Calvário,
1968.
cap.7.
Pág. 81.
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