Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Amaral Ornellas

 

Diante da noite
 
 

Clamando em toda a Terra há sofrimento insano,

Ao látego da dor que vibra estrada afora,

Abrindo sem cessar, em sombra que apavora,

Os conflitos do mal escuro e desumano.

 

Enquanto o mundo hostil se despedaça e chora,

Desditoso e revel no extremo desengano,

Abre teu coração ao Cristo soberano

E aguarda a nova luz da sublimada aurora.

 

Ruge, em torno de nós, a tempestade imensa…

O aquilão(1) da impiedade e o frio da descrença

Trazem negrume e lama à carne transitória.

 

Somente com Jesus a alma operosa e atenta

Vive acima da treva e acima da tormenta,

Prelibando o esplendor da suprema vitória.

 

(1) Aquilão: [linguagem poética] vento violento e frio.

 

Do livro Através do Tempo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita