Provações
antecipadas
A
resignação
e a
confiança
em Deus
transformam
nossas
expiações
em
provas
“O
estudo
sistematizado
e
tranquilo
da
Codificação
Espírita
fornece
exuberante
material
de
esclarecimento
para
qualquer
dificuldade.”
- Vianna
de
Carvalho
Voluntarioso,
atrabiliário,
egoísta,
embrutecido,
violento
e
extremamente
ignorante...
Era o
protótipo
da
imperfeição
encarnado.
Não
obstante,
tudo lhe
corria
às mil
maravilhas:
era
temido
mais do
que
respeitado,
tinha
sucesso
nos
negócios,
esposa
dedicada,
filhos
boníssimos
e
inteligentes...
A vida
transcorria
com suas
vicissitudes
próprias,
mas a “boa
estrela” nunca
o
abandonava.
Sabia
superar
os
obstáculos
e estava
sempre
no “topo
do
mundo”. Até
que um
dia...
começou
a ler a
Bíblia!
Ficou
encantado
com seu
teor, e
especialmente
com os
conteúdos
Neotestamentários,
onde
estão
registradas
as
imarcescíveis
instruções
de
Jesus. A
partir
daí,
começou
a
frequentar,
com
assiduidade,
um dos
segmentos
evangélicos
do
Cristianismo.
Então as
coisas
começaram
a mudar:
para
pior!...
A
esposa,
que até
então
era tão
dedicada
e dócil,
abandonou-o
iludida
pelos
encantos
de um
jovem
sedutor;
os
negócios
foram
fracassando
a olhos
vistos e
a breve
tempo a
ruína
ganhou
contornos
de
triste
realidade...
Certo
dia
viajou
para o
Rio de
Janeiro
onde
residia
um irmão
que lhe
emprestou
um
dinheiro
para
socorrer
a
algumas
necessidades
mais
prementes
e... foi
assaltado,
perdendo
tudo...
Ele
suportava
os
abundantes
reveses
e
vicissitudes
com
paciência,
tolerância,
resignação
e com
uma
incondicional
fé em
Deus....
As
pessoas
ficavam
admiradas,
sem
compreender....
Antes,
tudo lhe
sorria;
agora,
com mais
razão,
tudo
deveria
estar
melhor.
Mas não
estava;
ia de
mal a
pior...
O
Espiritismo
explica
facilmente
a
história
dessa
criatura.
É um
caso de
antecipação
de
provas.
Agora
que ele
havia se
deixado
penetrar
pelos
lúcidos
e
esclarecedores
ensinamentos
de
Jesus,
vislumbrando
mais
amplos
horizontes,
foi-lhe
outorgado,
a
próprio
pedido
durante
a
emancipação
pelo
sono, a
antecipação
das
provas a
que
deveria
submeter-se
em
encarnações
futuras,
para sua
ascensão
espiritual
e também
como
expiação
gerada
por seus
passados
desatinos.
Segundo
Kardec, a
resignação
e a
confiança
em Deus
transformam
nossas
expiações
em
provas. E
todo
sofrimento
resignado
denota
uma alma
que
escolheu
suas
vicissitudes
e
sofre-as
com
coragem
porque
sabe que
quanto
mais
inditoso
e
resignado
for
agora,
mais
ditoso
será no
porvir.
Aprendemos
com
Vianna
de
Carvalho1: “(...)
as
pessoas
cujas
dores
lhes
pareçam
adição
de
provas
são, ao
contrário,
bênçãos...
Porque
se
encontram
mais bem
municiados
pelo
conhecimento
espiritual
para a
vida,
merecem
ter as
provações
futuras
antecipadas,
e eles
próprios,
quando
parcialmente
desprendidos
do
corpo,
pelo
sono
fisiológico,
em
lucidez,
rogam-lhe
seja-lhes
facultado
o
resgate
das
dívidas
que
estavam
destinadas
à
liberação
futura.
A
consciência
da
responsabilidade
amadurece
o homem
e o
capacita
para
realizações
hercúleas.
Além
disso, o
grau do
sofrimento
está em
relação
à quota
e ao
tipo de
emoção
que se
lhe
aplica
na
condição
de
suporte
e
reação.
Sob o
guante
do
desespero
e
envolvido
pelo
açodamento
da
revolta,
as dores
parecem
mais
superlativas,
insuportáveis...
De outro
modo, ao
amparo
da
confiança
em Deus
e do
otimismo,
com o
espírito
lenido
pela fé,
a dor é
estímulo
nobre
para a
ascensão,
convidando
o ser à
libertação.
Sob sua
injunção,
os
fatores
éticos
adquirem
profundidade,
propondo
beleza,
criando
valores
educativos
e
fixando
a
aprendizagem
superior,
nos
centros
profundos
da
sensibilidade
espiritual.
Sabendo
que a
vida na
Terra
tem
objetivos
específicos
como:
adquirir
experiências,
exercitar
fraternidade,
cultivar
o amor,
praticar
a
caridade,
lapidar
arestas
morais e
imperfeições;
aqueles
que têm
conhecimento
da Vida
Espiritual,
sem
qualquer
nota de
frustração
ou
complexo
de fuga,
transferem
para o
Mundo
Espírita,
o
verdadeiro,
porque o
das
causas,
as
esperanças
de
conforto
e
felicidade,
aproveitando-se
da
ensancha
da
reencarnação
para
ensementação
do bem
no solo
do
próprio
ser...
Não têm,
pois,
nenhuma
razão os
que
debandam,
apoiados
a
justificativas
injustificáveis,
nem os
que
asseveram
que o
exercício
do bem
atrai o
sofrimento.
Jesus,
que não
tinha
nenhuma
dívida a
pagar,
de forma
insofismável,
mesmo
sofrendo,
ensinou
que o
processo
da dor é
o de
lapidação
e
crescimento,
até que
o homem
compreenda
que,
somente
pelo
amor, a
paz se
lhe
aninhará
nos
recessos
do ser
em
definitivo”.
A
presença
do amor
na vida
das
pessoas
faz a
grande
diferença,
pelo
singelo
motivo
assinalado
na suave
expressão
do
Evangelista: “Deus
é amor”.
Segundo
Fabiano
de
Cristo
aí está
a
síntese
de tudo,
porquanto,
“(...)
em tudo
e em
toda
parte,
palpita,
em
gérmen,
o amor
de Deus.
Sem o
amor a
vida não
existiria,
porquanto,
o
primeiro
gesto do
Criador,
no rumo
da
Criação,
é uma
exteriorização
do Seu
Amor.
É o amor
que
emula o
santo
para
perseverar
no
sacrifício.
É o amor
que
imprime
no herói
as
marcas
da
mansidão
e da
justiça.
É o amor
que
levanta
o
campeão
do
trabalho,
na
edificação
do bem
geral.
É o amor
que
penetra
a alma
abrasada
pela
beleza e
pelo
bem,
fazendo-a
crucificar-se
no ideal
a que se
afervora
em
regime
de
totalidade...
Quando o
homem
não o
sabe
identificar
para lhe
viver a
expressão
sublime,
brutaliza-se.
Vinculado
às
paixões
primeiras,
ao longo
dos
embates
pelo
amor,
disciplina-se
e se
levanta
para as
mais
alcandoradas
manifestações
da
felicidade.
(...) O
sábio
que não
ame,
tornar-se-á
um
monstro,
por
aplicar
indevidamente
os
conhecimentos
de que
se
enriquece.
A
inteligência
destituída
de amor
é arma
perigosa
nas mãos
da
impulsividade
e do
desequilíbrio.
Quando a
razão
não sabe
como
conduzir
o homem,
o amor
aponta-lhe
a rota a
seguir,
facilitando-lhe
o
empreendimento
ditoso.
Graças
ao amor,
a
jornada,
mesmo
áspera,
se torna
ditosa,
concitando
o
caminhante
a não
desanimar,
nem
desistir,
nem
parar,
prosseguindo
intimorato
até o
momento
final da
luta. O
amor de
Deus,
que tudo
vitaliza,
é o
apelo
para que
o nosso
amor
vitalize
uns aos
outros
nesta
maravilhosa
aventura
de
evolução”.
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