Exemplos
que
venceram
o tempo
"A
gazela
abre os
olhos ao
canto do
pássaro;
a pedra,
entretanto,
somente
acorda a
explosões
de
dinamite."
Santo
Agostinho
(354-430
de nossa
era), se
antes de
abraçar
o
Cristianismo
viveu a
vida
material
que lhe
convinha,
depois,
ao
sentir-se
chamado
por
Jesus ao
ouvir as
prédicas
de Santo
Ambrósio,
mudou
radicalmente
seu
comportamento
de
maneira
exemplar
e
profícua.
Seus
passos,
que
foram
marcados
por uma
vida
agitada
na
mocidade,
tiveram
a
trajetória
alterada
ao ser
atraído
à vida
religiosa,
o que
mudou a
sua
existência
e o
projetou
além dos
limites
de
Tagaste,
onde
nasceu,
no
nordeste
da
Argélia,
na costa
Norte da
África.
Contava
então
com
pouco
mais de
30 anos.
Procurou
conciliar
o
platonismo
com o
dogma
cristão
e a
inteligência
com a
fé. Na
verdade,
esse
sábio
entendimento
já
expressa,
por si
só, a
importância
e valor
que dava
ao
Espírito,
pois,
sendo
este
eviterno,
criado
para a
eternidade,
não
seria
lógico e
nem
sábio
viver
somente
com
vistas à
vida
terrena.
Daí
destaca-se
a origem
desse
conflito
que não
deixou
passar
despercebido
para
ninguém,
pois não
admitia
uma vida
como
sendo de
origem
pura e
simplesmente
espontânea.
Agostinho
mantém
permanentemente
esse
conceito
em todas
as
consequências
lógicas
que ele
comporta,
dentre
as
quais, a
principal
é a
ideia da
ascendência
hierárquica
da alma
sobre o
corpo.
Isso já
diz
tudo.
Portanto,
não é
sem
razão
que o
venerável
bispo de
Hipona,
Aurelius
Augustinus.
manifesta-se
contrário
aos
conceitos
estabelecidos
a
respeito
de
alguns
dos
procedimentos
adotados
pelo
Catolicismo
e
solidamente
por ele
combatidos,
como o
confessionário,
o
batismo,
e sobre
a
'inocência'
das
crianças,
dentre
outros.
Estes
fatos,
aliás,
não são
narrados
por
instituições
religiosas,
mas pelo
próprio
Santo em
"Confissões",
que faz
parte
das oito
obras
que
deixou
para a
posteridade.
Nesse
trabalho,
que
particularmente
entendo
ser o
que mais
apresenta
fatos
relacionados
com sua
vida
terrena,
suas
aventuras
e seus
feitos,
o
sofrimento
com a
morte
prematura
de seu
filho
Adeodato,
então
com 15
anos, e
outros
conceitos
trazidos
de seu
conhecimento
sobre a
espiritualidade
e a
vida,
também
encontramos
suas
observações
negativas,
em face
dos
conflitos
ideológicos.
Dentre
as
citações
elegemos
algumas
que
seguem
abaixo:
1. Sobre
o fato
de um
amigo
ter sido
batizado
em seu
leito de
morte,
pois
estava
lutando
contra a
febre e
sendo o
caso
desesperado,
se
posiciona:
“Não me
importei
com
isto,
persuadido
de que o
seu
Espírito
reteria
antes o
que de
mim
recebera,
do que a
cerimônia
feita
sobre o
corpo
inanimado.
Tentei
pôr a
ridículo,
na sua
presença,
o
batismo
que
recebera,
com
privação
de
entendimento
e dos
sentidos”.
2. Sobre
a
inocência
das
crianças,
no
sentido
de
isenção
total de
débito,
se nem
sequer
ainda
tiveram
tempo
para a
prática
do mal,
Agostinho
afirma
categórico:
“Quem
poderá
recordar
o pecado
da
infância,
já que
ninguém
há que
diante
de Vós
esteja
limpo,
nem
mesmo o
recém-nascido,
cuja
vida
sobre a
Terra é
apenas
um
dia?”.
"Assim a
debilidade
dos
membros
infantis
é
inocente,
mas não
a alma
das
crianças”.
3. A
respeito
do ato
de
confissão,
diz:
“Que
tenho eu
a ver
com os
homens,
para que
me ouçam
as
confissões,
como se
houvessem
de me
curar
das
minhas
enfermidades?
Como hão
de saber
que lhes
declaro
a
verdade,
se
ninguém
sabe o
que se
passa
num
homem, a
não ser
o
Espírito
desse
homem
que nele
habita?”
Na
Doutrina
Espírita,
a
participação
desse
cristão
virtuoso
é
vigorosa.
Aurélio
Agostinho
despediu-se
da
"Cidade
dos
homens"
em
23-8-430
com
destino
à
"Cidade
de
Deus",
como ele
próprio
definia
a Terra
e o
Mundo
Espiritual,
respectivamente.
Com
acentuada
participação
na
estrutura
do
alicerce
dos
ensinamentos
espíritas,
Aurélio
Agostinho
– Santo
Agostinho
– é
considerado
por
Erasto
"um dos
maiores
propagadores
do
Espiritismo
e um dos
firmes
pilares
do
Evangelho"
e, por
Allan
Kardec,
que
reforça
a
condição
de
"comunicante
habitual"
da
Sociedade
Espírita
e
"propagador
do
Espiritismo,
porque
nele vê
o
cumprimento
das
predições".
Emmanuel,
mentor
que
esteve
com
Chico
Xavier
(1910-2002)
durante
75 anos,
destaca
que "O
campo
magnético
e as
conjunções
dos
planetas
influenciam
no
complexo
celular
do homem
físico,
em sua
formação
orgânica
e em seu
nascimento
na
Terra;
porém, a
existência
planetária
é
sinônimo
de luta.
Se as
influências
astrais
não
favorecem
a
determinadas
criaturas,
urge que
estas
lutem
contra
os
elementos
perturbadores".
Este
entendimento
sugere
que não
devemos
nos
acomodar,
nunca.
Este
outro
exemplo
vem da
história
antiga e
está
figurado
na
pessoa
de
Demóstenes
que
viveu no
ano de
384-322
a.C., na
Grécia:
“O mais
célebre
dos
oradores
atenienses,
após ser
vaiado
diversas
vezes,
aperfeiçoou
seu
estilo e
empregou
seu
talento
e
eloquência
em
combate
aos
projetos
ambiciosos
de
Felipe,
rei da
Macedônia,
que
queria
reduzir
a Grécia
à
servidão.
Esse
grande
orador
não
parecia
fadado
pela
natureza
para as
lutas da
tribuna
e se lhe
tornou
necessário
empregar
extraordinária
força de
vontade
para se
desembaraçar
dos
graves
defeitos
que, no
princípio
da sua
carreira,
o haviam
exposto
às vaias
dos
auditórios.
Avultava
entre
eles um
vício
ridículo
de
pronúncia.
Para
corrigir,
Demóstenes
declamava
longos
discursos
com a
boca
cheia de
seixos,
e também
ia
discursar
à
beira-mar,
onde se
esforçava
por
dominar
com a
voz o
fragor
das
vagas, a
fim de,
mais
tarde,
poder
dominar
os
clamores
da
multidão.
Outras
vezes
encostava
seu
peito à
ponta de
espada,
a fim de
corrigir
movimentos
desordenados.
Mercê de
sua
perseverança
conseguiu
adquirir
as
qualidades
oratórias
que lhe
asseguraram
o
primado
da
eloquência
na
Antiguidade.
Seu
estilo é
um
modelo
de
concisão
e de
pureza”.
Assim
sendo,
em todas
as
situações,
embora
capituladas
no campo
das
"influências
que cada
um
merece",
são
passíveis
de
empenho
moral,
buscando
na
batalha
íntima a
possível
vitória
da
mudança.
Na
verdade,
o
impossível
mora nos
dedos
inertes
daqueles
que não
tentam,
pois, se
o
remédio
é esse,
portanto,
imutável
o
quadro,
somente
o
saberemos
se
tentarmos,
e isso
vale
para
todos os
problemas,
inclusive
de
saúde.
Para
saber se
é
possível
vencer é
preciso
ir à
luta;
somente
será
conhecido
a que
veio o
problema
se após
todo o
empenho
exercido
como
tentativa,
ao
final,
restar
frustrado.
Somos
donos e
responsáveis
únicos
pelo
nosso
próprio
destino.
Portanto,
nascer
sob
certa
influência
astral
com
resultados
nada
agradáveis
ao
Espírito
encarnado,
requer
pensamento
e ação
na
medida
necessária
para
opor-se
à
imposição
temporal
que
impele a
arrastamentos
nocivos.
Vamos
encerrar
com as
palavras
de Santo
Agostinho:
"O
progresso
é uma
das leis
da
Natureza;
e, não
avançar,
é
recuar".
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