Violência, uma fatalidade?
Ligamos a TV, abrimos o jornal, a vida parece um filme
de terror, cada dia com notícias mais horríveis do que
ontem. Os “media” sedentos de audiências à custa
da dor alheia, locupletam-se no “sangue” sem sentido,
contaminando com a perturbação, que esbanjam sem
limites. Mas será essa a realidade do mundo? A violência
é uma fatalidade?
Somos 7,5 mil milhões de pessoas na Terra, dentro do
corpo de carne, sem contabilizar os milhões de seres que
vivem no mundo espiritual, na esfera da Terra. Estamos
num planeta de expiação e provas, onde o Mal ainda se
sobrepõe ao Bem. A violência continua cada vez mais
violenta (passe a redundância), um dia cada vez mais
chocante do que o anterior, o Homem desce (moralmente)
cada vez mais fundo, num poço que parece não ter fim. Os
valores ético-morais deixaram de ter valor, são postos
em causa. As elites e os representantes do povo, em vez
do bom exemplo, da pedagogia social, aparecem como os
arautos da corrupção, da falta de vergonha, do
vale-tudo, do quanto pior-melhor.
O Homem perdeu a fé na Humanidade, e na humanidade da
Humanidade.
É cada um por si, o salve-se quem puder, o “eu” em
primeiro lugar e, numa competição selvagem (ao invés de
colaboração fraternal), o ser social parece retroceder
décadas ou séculos, em termos civilizacionais.
O medo, a violência doméstica ou fora dela, o ódio, a
vingança, o mal-estar fazem parte dos sentimentos do Ser
Humano que, não estando pacificado, reage negativamente,
cada vez com mais intensidade, ao invés de agir
pacificamente.
Vamos virar a página! A solução existe!
Ei-la exemplificada por Jesus de Nazaré, repetida por
Gandhi e clarificada pela Doutrina dos Espíritos
(Doutrina Espírita ou Espiritismo): fazer a paz! Jesus
apontou o caminho: “Não fazer ao próximo o que não
desejamos para nós”. Gandhi reafirmou: “Não há um
caminho para a paz, a paz é o caminho”. A Doutrina
Espírita (que não é mais uma religião ou seita) aponta
nas consequências morais dos nossos atos, comprovando
cientificamente a imortalidade e a comunicabilidade do
Espírito, a reencarnação.
A morte morreu com o aparecimento do Espiritismo,
abriram-se as portas que permitiram varar novos campos
da consciência, da espiritualidade, à semelhança dos
novos mundos que se buscam pelo cosmos sem fim, em
missões espaciais.
Quando o Homem descobrir que é imortal, a reencarnação,
que colherá o que semear, o mundo pacificar-se-á.
Doutrina filosófica de consequências morais, o
Espiritismo apresenta a Lei de Causalidade: tudo o que
sentimos, pensamos e fazemos, repercute em nós, agora e
depois. Semeamos e colhemos, num paralelismo com a
horticultura.
Os cientistas, não espíritas, buscam os insondáveis
caminhos da vida, descobertos por Allan Kardec em 1857 e
comprovados certeiramente até os dias de hoje.
Não há como duvidar de que a vida continua após a morte
do corpo de carne.
Os fatos aí estão: comunicações de médiuns, comunicações
através de aparelhos eletrônicos, meninos-prodígio,
crianças que se lembram de vidas passadas, regressão de
memória, experiências fora do corpo, visões no leito de
morte, experiências de quase-morte. Eis os novos
paradigmas que levarão a ciência da Terra a descobrir o
mundo espiritual, tão real quanto o nosso, apenas numa
vibração diferente da do corpo carnal.
A violência não é uma fatalidade, é uma opção, de quem
não quer abdicar do seu ponto de vista, de quem prefere
ter razão a ser feliz, de quem prefere criar inimizades
em vez de discordar com ternura e amizade. O meu amigo
não é o que pensa como eu, mas o que pensa comigo.
Temos o extintor do entendimento espírita, que apaga o
fogo da violência e pacifica-nos por dentro, se
quisermos sentir, pensar e agir como o Espiritismo
ensina, a caminho do “Homem de Bem” de que nos
fala “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Se a violência não é uma fatalidade, a paz é uma opção
(certamente a melhor) que nos cumpre sentir, pensar e
colocar em prática, pacificando-nos e contagiando quem
nos rodeia, num processo simples e fácil onde não têm
lugar o egoísmo, o ódio, a violência, o orgulho.
A cada um de acordo com as suas obras, aprendemos com
Jesus de Nazaré.
“A paz é o caminho” (Mohandas Gandhi).
Atentemos ao que temos semeado no campo dos sentimentos,
pensamentos e atitudes…
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