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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

O retrovisor da vida


Invariavelmente ao longo dos anos, vamos acumulando fatos, coisas e experiências que vivenciamos a cada dia. Esses arquivos permanecem em nossa mente o que seria nos dias atuais o Hard Disc do nosso corpo, mais precisamente o nosso perispírito. No livro Recordações da Mediunidade, capítulo 4, Os arquivos da Alma, de Yvonne A. Pereira, temos:
 “(...) ele arquiva em seus refolhos, como que superpostos em camadas vibratórias, todos os acontecimentos, todos os fatos, atos, sensações, e até os pensamentos que tenhamos produzido através das nossas imensas etapas evolutivas”.

Esses registros são marcas das nossas existências e correspondem ao nosso processo evolutivo constante e infinito, já que o Espírito nunca cessa o seu progresso. Servem de “molde” para o nosso corpo físico e, através desse processo, tornar-se-á cada vez mais sutil e depurado das mazelas da alma de acordo com o nosso adiantamento.

Contido nesse universo de informações experimentamos emoções por onde trafegam os vários sentimentos vivenciados. No plano terreno devemos olhar para o retrovisor da vida, unicamente para aquilo que realizamos de bom e salutar não só para nós, mas também para os nossos semelhantes.

“Buscar nesse ‘espelho’ mágoas e ressentimentos de nada servirá e, sim, trará amarguras vividas e, como diz Deepak Chopra, médico indiano: ‘Energizamos tudo aquilo que damos atenção’; A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse”.

Temos, ainda no livro Renovando Atitudes, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed, Capítulo 11: “(...) Olhando para trás, a alma não caminha resoluta e, consequentemente, não se liberta dos grilhões do passado”; “Não guardemos culpa. Optemos pelo melhor, modificando nossa conduta. Reconheçamos o erro e não olhemos para trás, e, sim, para frente, dando continuidade à nossa tarefa na Terra”.

Valemo-nos desse arquivo confidencial que atua como uma bússola, para navegarmos na imensidão dos mares da vida. Esse estado de consciência aguça nossos sentidos e nos leva a trilhar caminhos mais seguros e, certamente, nos garante mais equilíbrio nas atitudes que tomamos.

Sabendo das repercussões dos nossos pensamentos e atitudes, devemos atentar para a qualidade das ideias que construímos. Pelo discernimento e bom senso, poderemos avaliar a validade ou não de tudo que pretendemos propagar. Essa análise cotidiana permitirá uma autocrítica de tudo que realizamos e, certamente, obteremos condições de minimizar os equívocos da vida.

Trata-se de um exercício paciente e constante. Jamais seremos exitosos de imediato, sendo necessária a perseverança para obtermos os benefícios que se estenderão para nossos circundantes, considerando a boa psicosfera que criamos.

(No retrovisor da vida, olhemos somente para tudo que fizemos de bom e continuemos a viagem...)

 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita