O retrovisor da vida
Invariavelmente ao longo dos anos, vamos acumulando
fatos, coisas e experiências que vivenciamos a cada dia.
Esses arquivos permanecem em nossa mente o que seria nos
dias atuais o Hard Disc do nosso corpo, mais
precisamente o nosso perispírito.
No livro Recordações da Mediunidade, capítulo 4,
Os arquivos da Alma, de Yvonne A. Pereira, temos: “(...)
ele arquiva em seus refolhos, como que superpostos em
camadas vibratórias, todos os acontecimentos, todos os
fatos, atos, sensações, e até os pensamentos que
tenhamos produzido através das nossas imensas etapas
evolutivas”.
Esses registros são marcas das nossas existências e
correspondem ao nosso processo evolutivo constante e
infinito, já que o Espírito nunca cessa o seu progresso.
Servem de “molde” para o nosso corpo físico e, através
desse processo, tornar-se-á cada vez mais sutil e
depurado das mazelas da alma de acordo com o nosso
adiantamento.
Contido nesse universo de informações experimentamos
emoções por onde trafegam os vários sentimentos
vivenciados. No plano terreno devemos olhar para o retrovisor
da vida, unicamente para aquilo que realizamos de
bom e salutar não só para nós, mas também para os nossos
semelhantes.
“Buscar nesse ‘espelho’ mágoas e ressentimentos de nada
servirá e, sim, trará amarguras vividas e, como diz
Deepak Chopra, médico indiano: ‘Energizamos tudo aquilo
que damos atenção’; A recordação de uma situação
estressante, que não passa de um fio de pensamento,
libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o
estresse”.
Temos, ainda no livro Renovando Atitudes,
psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo
Espírito Hammed, Capítulo 11: “(...) Olhando para trás,
a alma não caminha resoluta e, consequentemente, não se
liberta dos grilhões do passado”; “Não guardemos culpa.
Optemos pelo melhor, modificando nossa conduta.
Reconheçamos o erro e não olhemos para trás, e, sim,
para frente, dando continuidade à nossa tarefa na
Terra”.
Valemo-nos desse arquivo confidencial que atua
como uma bússola, para navegarmos na imensidão dos mares
da vida. Esse estado de consciência aguça nossos
sentidos e nos leva a trilhar caminhos mais seguros e,
certamente, nos garante mais equilíbrio nas atitudes que
tomamos.
Sabendo das repercussões dos nossos pensamentos e
atitudes, devemos atentar para a qualidade das ideias
que construímos. Pelo discernimento e bom senso,
poderemos avaliar a validade ou não de tudo que
pretendemos propagar. Essa análise cotidiana permitirá
uma autocrítica de tudo que realizamos e, certamente,
obteremos condições de minimizar os equívocos da vida.
Trata-se de um exercício paciente e constante. Jamais
seremos exitosos de imediato, sendo necessária a
perseverança para obtermos os benefícios que se
estenderão para nossos circundantes, considerando a boa
psicosfera que criamos.
(No retrovisor da vida, olhemos somente para tudo que
fizemos de bom e continuemos a viagem...)