Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Augusto dos Anjos

 

Jerusalém! Jerusalém!

 
Eis que o mundo de novo se estraçalha

No vórtice nefando do extermínio,

Pela embriaguez de sangue e morticínio,

Sob o fumo sinistro da metralha.

 

Sempre a ambição e a sede de domínio,

Acendendo a terrífica fornalha,

Onde crepita o fogo da batalha,

Reduzindo a cultura a esterquilínio.

 

Nos ais apocalípticos do mundo,

Geme o eterno direito moribundo

Sob a força que humilha a paz e o bem!

 

E sobre as dores, sobre as agonias,

O Mestre exclama, como Jeremias:

“Ouve, ó Jerusalém! Jerusalém!”

 

Do livro Palavras Sublimes, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita