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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Nosso lar: um laboratório de evolução


Ao nascermos em determinado lar somos recebidos por aqueles que “escolhemos” e “necessitamos” conviver. No processo reencarnatório nossos anseios são atendidos de acordo com os merecimentos e capacidade de enfrentamento dos desafios que encontraremos.

Em O Livro dos Espíritos, questão 258, temos: “Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena”? Resposta: “Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio”. Parafraseando Guimarães Rosa, temos: “Quem elegeu a busca não pode recusar a travessia”.

É naquele ambiente que “renascem” os relacionamentos muitas vezes questionados, por ignorarmos que é ali que precisamos viver, conviver e progredir. A nossa parentela pode ser de pessoas com as quais temos uma grande afinidade pela comunhão ideias ou desafetos de vidas pretéritas que servirão de provas.

O Orbe terrestre é uma escola que nos exige a cada dia provas. São experiências que testam a nossa paciência, indulgência entre outras virtudes que necessitamos para alicerçar as nossas estradas rumo à evolução.

Por outro lado, também é um hospital que nos acolhe para o tratamento das enfermidades da alma que se constituem nas mazelas do corpo físico. Permite-nos Deus por sua Excelsa Benevolência que nos submetamos aos processos reencarnatórios, cuja Magnanimidade oportuniza esses encontros para os devidos ajustes das arestas que criamos entre nós.

Destarte, jamais deveremos admitir a existência de um Deus vingativo que castiga e pune. Todos nós passamos por essa transformação a cada reencarnação, para galgarmos os degraus da ascensão espiritual de acordo como os nossos esforços.

As oportunidades são infinitas e indistintas, não havendo privilégios, visto que a Justiça Divina é soberana e inquestionável. Contudo tenhamos em mente que não existe destino. Qualquer um de nós poderá mudar o rumo da vida, desde que tenhamos perseverança na busca do caminho do bem. Vale ressaltar que é no pensamento o nascedouro das nossas atitudes!

Esse é o dever de casa que precisamos realizar. O progresso será tão mais rápido quanto maior seja o esforço que façamos para nos livrarmos do egoísmo e do orgulho, redutos de tantas outras imperfeições que nos assolam.

É uma luta árdua, contínua, e podemos afirmar que essa é a maior batalha que o ser humano trava em suas existências. São conflitos interiores sem adversários externos. Entretanto, se ouvirmos a voz silenciosa de nossas consciências, certamente seremos exitosos nessa peleja diária ao encontro da redenção.


(Pense no bem, pratique o bem que a vida vai bem!)


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita