Morte ou
desencarnação?
O título
provocativo
não tem
por
finalidade
criar
polêmica,
mas sim
nos
levar a
pensar
sobre um
dos
temas
mais
relevantes
da
Doutrina
Espírita;
portanto
para
desenvolvê-lo
respondo
logo. O
que
morre é
o corpo
e quem
desencarna
é o
espírito.
O termo
desencarnação
compõe o
vocabulário
espírita,
próprio
da
ciência
espírita;
ao
abandonarmos
os
termos
próprios
criados
pelo
mestre
Allan
Kardec,
ou
cunhados
pelos
próprios
espíritos
auxiliares
da
codificação,
expurgaremos
da
Doutrina
uma de
suas
faces
mais
importantes
que é a
cientifica.
Embora
os
dogmáticos
“cientistas”
atuais
não
aceitem,
porque
para
considerarem
ciência
admitem
somente
aquilo
que a
própria
ciência
reconheça
como
científico,
apesar
deles, o
Espiritismo
é uma
ciência
de
observação,
com
objeto,
método e
vocabulário
próprios.
Superado
este
detalhe
importantíssimo
passamos
a
analisar
o tema
naquilo
que
expressa
de mais
preocupante
para
todos
nós: a
morte.
O corpo
vai
morrer,
o de
todos,
todos
indistintamente.
O
fenômeno
é tão
importante
na vida
do
espírito
que nem
o ser
mais
perfeito,
nem
aquele
que
serve de
guia e
modelo,
a ele se
furtou.
O corpo
de Jesus
morreu
também,
e o seu
espírito
desencarnou,
para
retornar
ao seu
Reino
cheio de
esplendor
e
glória.
Deus ao
criar a
vida
humana,
como a
criou,
dotou-nos
de
mecanismos
apropriados
que nos
dificultassem
a
deserção.
Temos
instintos,
dentre
eles o
de
preservação
da vida;
em
situação
de
perigo o
corpo
reage de
forma
que nos
faz
defender
a vida
com uma
tenacidade
por
vezes
surpreendente.
E
algumas
pessoas
desenvolvem,
ainda
por
causa
ignorada,
um temor
excessivo
da morte
do
corpo, o
que
torna o
assunto
sempre
atual e
necessário.
Falávamos
da vida,
sua
preservação,
mas o
que é a
vida?
A
ciência
humana
ainda
não
decifrou
seu
início e
ainda
luta
para
entender
sua
natureza.
O Mestre
de Lyon
estabelece
que a
vida nos
vem do
fluido
vital, à
época
dele e
ainda
hoje
desconhecido,
que hoje
chamaríamos
de éter
ou
plasma,
que é
derivado
de um
outro
plasma
ainda
desconhecido
da
ciência
humana,
o fluido
universal.
É uma
certa
energia
que nos
distingue
das
coisas
inanimadas.
Assim,
nos três
famosos
reinos
da
natureza,
teríamos
os
minerais
desprovidos
dessa
energia,
enquanto
os
vegetais
e os
animais
estariam
por
assim
dizer
impregnados
dela.
Essa
energia
varia de
espécie
para
espécie
e na
quantidade
ou
volume
entre os
indivíduos
de uma
mesma
espécie.
Assim
poderemos
ver
pessoas
com uma
energia
de vida
superabundante
e outras
que
dispõem
apenas
do
suficiente
para
viver. O
que
torna
mais
interessante,
e que a
experiência
demonstrou,
é que
ela pode
ser
transferida
entre
pessoas.
A vida
termina
com a
falência
dos
órgãos,
quer
seja
natural
ou
provocada.
Na
falência
natural,
por
doença
ou por
desgaste,
o fluido
vital,
que é
limitado,
se
esgota e
o corpo
morre.
Igualmente,
na
interrupção
abrupta
ou
violenta,
o corpo
deixa de
funcionar
e morre.
Uma vez
morto o
corpo
físico,
a
matéria
se
submente
à Lei de
Lavoisier:
“na
natureza,
nada se
cria,
nada se
perde;
tudo se
transforma”.
A
energia
que
ainda
restar
do
fenômeno
vida
retornará
à fonte,
ou ao
lugar de
onde
veio. O
Espírito
se verá
livre
das
amarras
ou laços
que o
mantinham
preso à
matéria
e
assumirá
sua
verdadeira
e eterna
vida.
Do ponto
de vista
do
Espírito,
Allan
Kardec
pôde
apurar
que após
seu
desencarne
todos os
espíritos
passam
por uma
espécie
de
perturbação,
ou um
aturdimento,
como se
acordássemos
em um
lugar
diverso
daquele
no qual
fomos
dormir.
Essa
perturbação
pode
demorar
mais ou
menos, a
depender
principalmente
do
desapego
dos bens
e
prazeres
materiais,
mas
também
do
conhecimento
do
fenômeno
morte.
Após
esse
fenômeno,
que pode
variar,
segundo
a
aferição
de tempo
dos
encarnados,
de
apenas
alguns
instantes
até
semanas
e meses,
o
espírito
assume o
lugar no
mundo
dos
espíritos
conforme
seja seu
grau de
evolução.
O
sofrimento
ou a
bem-aventurança
dependerá
unicamente
de seu
mérito.
Sendo a
escalada
evolutiva
ascendente,
contínua
e
infinita
rumo ao
Pai
Celestial,
todo e
qualquer
sofrimento
experimentado
pelo
espírito
após a
morte
será
temporário
e não
eterno.
O
Espírito
desencarnado
receberá
nossas
preces,
e aí bem
entendido,
a prece
no seu
sentido
cristão
e
espírita,
aquela
que vem
do
coração;
um
pensamento,
alegre
que
seja,
recairá
sobre o
espírito
desencarnado
como um
bálsamo,
um
consolo,
um
agradável
eflúvio.
Por nós
mesmos,
nosso
comportamento
será
decisivo.
Caso
nossa fé
seja
forte,
aquela
fé
espírita
que
deriva
de um
raciocínio
lógico e
humilde,
a fé
naquilo
que a
nossa
razão
não
refuta,
que
aceita o
desconhecido
e confia
no
Criador
de tudo,
enfrentaremos
algo que
o
descrente
e o ateu
têm como
perda
definitiva,
como
apenas
uma
separação
temporária.
Assim
sendo,
para
concluir,
podemos
afirmar
com toda
a
segurança
que o
estudo
do
Espiritismo
nos
prepara
para a
morte, e
sobretudo
nos
ajuda na
conquista
de uma
vida
atual
mais
leve e a
antever
nosso
lugar na
vida
futura,
a
depender
daquilo
que
merecermos. |