Com quem você anda e o que escolhe
“Aquele que anda com os sábios será cada vez mais
sábio, mas
o companheiro dos tolos acabará mal.” - Provérbios
13:20.
A Bíblia é um livro muito antigo e tem muitas
recomendações sábias e outras tantas ultrapassadas e
preconceituosas.
Mas escolhi essa para fazer o comentário sobre quem pode
nos auxiliar em nossa caminhada aqui na Terra, em nosso
dia a dia. É claro que algumas companhias não temos como
dispensar; são nossos familiares, entre os quais há
anjos que nos acolhem e desafetos que nos instruem, como
professores das provas cotidianas.
Primeiro precisamos nos amar, para amar o outro; e o
outro mais próximo é nossa família, uma “escolha
dirigida” feita antes de reencarnarmos, e também nossos
parentes, que vêm na programação de nossa estrada
evolutiva. Portanto, não devemos permitir que nossos
dias passem sem que as pessoas do nosso convívio saibam
o quão importantes são na nossa vida.
Se Jesus orientou (não obrigou ninguém a fazer isso) que
nos amássemos uns aos outros e que retribuíssemos o mal
com o bem, com que amor não devemos amar e suportar
aqueles que estão mais próximos de nós nessa viagem
espiritual na Terra? E se já buscamos a companhia da
sabedoria, se desejamos a presença dos bons, por nossa
vez nos esforcemos para nos tornarmos pessoas de bem.
Dessa forma, devemos nos juntar com almas de bom
coração, buscando a sintonia daqueles que aspiram à
fraternidade.
O provérbio nos ensina com quem devemos andar para
sermos saudáveis e dignos de respeito, lembrando aquela
outra frase “diga-me com quem andas e eu te direi quem
és”; aquele que anda com sábio poderá se tornar melhor
(e quem sabe também se tornar sábio), mas aquele que
anda com o tolo se tornará intolerável e insano.
O sábio é aquela pessoa que detém a sabedoria espontânea
e tem consciência de si próprio; humilde, não vai pelas
conversas dos outros e consegue viver dentro dos
preceitos da lei de Deus.
O tolo é aquela pessoa irresponsável, que leva a vida na
brincadeira, não se esforça para melhorar e quase sempre
não quer nada com a espiritualidade e com Deus, e que,
acima de tudo, vai pelas conversas dos outros e muitas
vezes se desvia na ociosidade e nos vícios (álcool,
cigarro e drogas).
Uma pergunta nos leva à reflexão: afinal, com quais
tipos de pessoas gostamos e queremos nos relacionar?
É claro que ninguém perde o amor por demonstrá-lo ou
oferecê-lo. Jesus andou e amou a todas as pessoas que o
cercaram, das crianças aos doentes, das mulheres
maravilhosas a outras desequilibradas, bem como
discípulos simples e incultos, quanto outros
esclarecidos. O amor, somente perdemos por não
manifestá-lo ou por não sabermos recebê-lo; aproveitemos
do amor que é matéria-prima do Criador – Deus é amor.
Façamos o melhor que pudermos em nossa vida, com a
família, parentes, amigos e com o próximo, porque as
pessoas poderão se esquecer de muitas coisas, mas
guardarão em suas mentes o modo como foram acolhidas e o
jeito com que foram valorizadas, um dia, na caminhada.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é
editor da Editora EME.
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