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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

 

Com quem você anda e o que escolhe


“Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal.” - Provérbios 13:20.


A Bíblia é um livro muito antigo e tem muitas recomendações sábias e outras tantas ultrapassadas e preconceituosas.

Mas escolhi essa para fazer o comentário sobre quem pode nos auxiliar em nossa caminhada aqui na Terra, em nosso dia a dia. É claro que algumas companhias não temos como dispensar; são nossos familiares, entre os quais há anjos que nos acolhem e desafetos que nos instruem, como professores das provas cotidianas.

Primeiro precisamos nos amar, para amar o outro; e o outro mais próximo é nossa família, uma “escolha dirigida” feita antes de reencarnarmos, e também nossos parentes, que vêm na programação de nossa estrada evolutiva. Portanto, não devemos permitir que nossos dias passem sem que as pessoas do nosso convívio saibam o quão importantes são na nossa vida.

Se Jesus orientou (não obrigou ninguém a fazer isso) que nos amássemos uns aos outros e que retribuíssemos o mal com o bem, com que amor não devemos amar e suportar aqueles que estão mais próximos de nós nessa viagem espiritual na Terra? E se já buscamos a companhia da sabedoria, se desejamos a presença dos bons, por nossa vez nos esforcemos para nos tornarmos pessoas de bem. Dessa forma, devemos nos juntar com almas de bom coração, buscando a sintonia daqueles que aspiram à fraternidade.

O provérbio nos ensina com quem devemos andar para sermos saudáveis e dignos de respeito, lembrando aquela outra frase “diga-me com quem andas e eu te direi quem és”; aquele que anda com sábio poderá se tornar melhor (e quem sabe também se tornar sábio), mas aquele que anda com o tolo se tornará intolerável e insano.

O sábio é aquela pessoa que detém a sabedoria espontânea e tem consciência de si próprio; humilde, não vai pelas conversas dos outros e consegue viver dentro dos preceitos da lei de Deus.

O tolo é aquela pessoa irresponsável, que leva a vida na brincadeira, não se esforça para melhorar e quase sempre não quer nada com a espiritualidade e com Deus, e que, acima de tudo, vai pelas conversas dos outros e muitas vezes se desvia na ociosidade e nos vícios (álcool, cigarro e drogas).

Uma pergunta nos leva à reflexão: afinal, com quais tipos de pessoas gostamos e queremos nos relacionar?

É claro que ninguém perde o amor por demonstrá-lo ou oferecê-lo. Jesus andou e amou a todas as pessoas que o cercaram, das crianças aos doentes, das mulheres maravilhosas a outras desequilibradas, bem como discípulos simples e incultos, quanto outros esclarecidos. O amor, somente perdemos por não manifestá-lo ou por não sabermos recebê-lo; aproveitemos do amor que é matéria-prima do Criador – Deus é amor.

Façamos o melhor que pudermos em nossa vida, com a família, parentes, amigos e com o próximo, porque as pessoas poderão se esquecer de muitas coisas, mas guardarão em suas mentes o modo como foram acolhidas e o jeito com que foram valorizadas, um dia, na caminhada.

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME.

 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita